Eu me sento e espero pelo entardecer. São momentos como esse em que vemos como é bela a vida. Em que outra hora veríamos o céu laranja? Durante o amanhecer, ele está vermelho, é quando o céu mostra as marcas da noite. Ao entardecer ele se arrepende pelos erros cometidos no dia. Agora está escurecendo, porém ainda é claro, posso ver os últimos raios de sol no horizonte. A noite está chegando, e o dia vai partindo. Porém, ao entardecer, eles param para conversar. Dois opostos convivendo em perfeita união. O entardecer é a hora mágica, é a hora em que renovamos a nossa esperança: por mais escuro que esteja, o sol há de nascer e iluminar meus caminhos, por isso, posso continuar.

Isabella Quaranta

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Sonho de um homem acordado

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O quão arriscado é dar uma passo? O simples ato de seguir adiante já é uma prova de como a humanidade vive de esperanças. Quem sairia de casa se achasse que ia morrer naquele dia? A vida seria inviável sem um pouquinho de fé.

Dos mais ricos aos mais pobres, a esperança é o alimento da alma. Começamos relacionamentos acreditando que eles vão perdurar, da mesma forma como que andamos em frente, crendo em chegar a algum lugar. Não há como ter certeza do futuro. O utópico “felizes para sempre” impulsiona nossas ações, esperamos por algo melhor, por isso, continuamos.

Segundo Aristóteles, a esperança é o sonho do homem acordado. Edgar Allan Poe diz que “a vida real do ser humano consiste em ser feliz, principalmente por estar sempre na esperança de sê-lo muito em breve”. Por maiores que sejam os pensamentos e mais pensadores reflitam, todos chegam à mesma conclusão: não é possível viver sem esperança.

Diz o ditado popular que a esperança é a última a morrer, afinal, depois que esta acaba perde-se o propósito da vida. Fica-se no vazio. Cultivá-la é tão simples, muitas vezes basta um sorriso, um olhar, um tempo para pensar sobre sua vida hoje e amanhã.

Aquele que faz por meios justos para conseguir o sucesso, que tem paciência e perseverança, um dia há de alcançar seu nirvana.

Isabella Quaranta

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Commedia Dell’Arte

Representamos nosso papel no teatro da vida, vestimos as máscaras que nos cabem, atuamos como senhores de nossas decisões. Sem ensaios, sem segunda chance de brilhar, devemos obedecer ao roteiro; e deixar a peça acontecer.

Primeiro ato, os atores são apresentados. Pierrô, o triste e sonhador apaixonado. Arlequim, o risonho e beijoqueiro. Os atos e a aparência cativam a platéia, que toma uma posição entre os dois apaixonados por Colombina. Inconscientemente, os atores vivem um paradoxo interno. Agem de acordo com seus personagens, sem saber ao certo como se sentem. Da mesma forma que Maquiavel já dizia “Todos vêem o que pareces ser, mas poucos realmente sentem o que és”, a platéia estava alheia dos atores, não me refiro aos personagens, e sim a quem eles são.

Logo no segundo ato, o triste Pierrô se torna um alegre Arlequim. Não há opção. O show deve continuar. Um sonho de Pierrô não é forte contra o beijo do Arlequim. Veste-se uma máscara de alegria. Esconde-se a dor, a fraqueza; os fortes dominam, os fracos abaixam a cabeça. Enquanto o Arlequim se mantém feliz, altivo, risonho, dentro de si uma guerra se trava. Sua dor por, talvez, perder Colombina, contra sua personalidade forte e otimista.

Cultivamos uma cultura da imagem, o externo, sem nos importarmos muito com o conteúdo, a essência. Sorrisos, lágrimas, abraços, palavras, armas de boa convivência. Perdemos nosso ser para cultivar uma imagem idealizada. O bonito, o gordo, a magra, a feia, palavras soltas que tentam descrever o exterior. Pois o interior não é descrito com palavras, mas com atos. Nem tudo é o que parece ser imagens enganam até mesmo ao mais apurado olhar.

Antes sermos julgados por sermos quem somos, do que sermos por sermos alguém o qual idealizamos ser. Nas palavras de Chaplin, “a vida é como uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.

- Isabella Quaranta.

Minha redação do colégio em 24.01.11

(publicada com atraso.)

domingo, janeiro 16, 2011

Dream a little dream

Queria personagens da ficção na vida real. Queria um sonho de uma noite de verão. Queria um amor em vermelho. Sonhei em ser uma princesa, ter um amor eterno e ser feliz para sempre. Desejei não sofrer, mas se tal dor viesse, que tudo fosse por algo melhor, algo que me recompensasse no final. Fiz de tudo para meu sonho ser real. Me apeguei nessa ilusão. Imaginava um amor como nas letras dos Beatles, ou como as músicas falavam. Queria me apaixonar toda sexta-feira. Queria ser feliz assim.

Sonhei com o mundo, sonhei. Sou uma sonhadora, e por mais que isso seja difícil, vou morrer assim.

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