Eu me sento e espero pelo entardecer. São momentos como esse em que vemos como é bela a vida. Em que outra hora veríamos o céu laranja? Durante o amanhecer, ele está vermelho, é quando o céu mostra as marcas da noite. Ao entardecer ele se arrepende pelos erros cometidos no dia. Agora está escurecendo, porém ainda é claro, posso ver os últimos raios de sol no horizonte. A noite está chegando, e o dia vai partindo. Porém, ao entardecer, eles param para conversar. Dois opostos convivendo em perfeita união. O entardecer é a hora mágica, é a hora em que renovamos a nossa esperança: por mais escuro que esteja, o sol há de nascer e iluminar meus caminhos, por isso, posso continuar.

Isabella Quaranta

quinta-feira, março 25, 2010

Confissão de um trabalhador

Trabalho, trabalho, trabalho.

É tudo que eu fiz hoje. Sabe quantas vezes consegui beber um mísero copo de água? Nenhuma. Tudo que fiz desde que entrei nesse maldito emprego foi trabalhar. Não conheço nenhum companheiro de trabalho, nunca vi como é a sala de estar da empresa. Tudo que faço é casa-minha sala, minha sala-casa. Quem foi o infeliz que disse que eu era a pessoa qualificada para esse cargo? Quem foi que disse: “Não, ele é perfeito, tirem a vida social dele”? Ah, se pego quem fez isso, eu destruo cada parte do corpo.

Ontem eu pirei, joguei tudo pro alto e fugi para o Havaí, decidi virar hippie, fazer parte de uma comunidade nudista e mudar minha vida por completo. Não consegui descansar dois minutos que o mundo virou um inferno. Então, para evitar uma catástrofe, tive de voltar ao trabalho. Nunca consigo descansar.

Quero voltar a viver. Já perdi vários amores por causa do meu trabalho. Mas a parte mais difícil é saber que você é exemplo para outras pessoas. Caramba! Você não pode fazer nada errado, que sempre aparece alguém na TV reclamando que você é um exemplo e que não pode fazer isso e aquilo.

EU QUERO VIVER!

Eu quero poder amar sem ter de me esconder da imprensa, quero poder ir para um bar encher a cara e ninguém me dizer que tenho de ser um exemplo, quero poder entrar em um karaokê cantar uma coisa brega qualquer e ninguém me olhar como se fosse uma aberração, eu existo!

Voar! Por que raios vocês querem tanto saber voar, humanos? Eu quero viver será que dá? Algum dia na minha vida, não quero ser chamado de Super-Homem, e sim pelo meu nome de batismo: Juvenal Crisântemo.

 superman_by_oluj

segunda-feira, março 22, 2010

Faz um V e vem pra cá!

clip_image002Era uma vez um vampiro sanguinário... Realmente, ERA uma vez. Hoje nós temos uma nova perspectiva sobre os vampiros: de assassinos bebedores de sangue a leões domesticados.

E no princípio era ROCK! Tudo começou com Bram Stoker e seu Conde Drácula. Aquilo sim que era vampiro: garanhão, sanguinário, com presas afiadas, enfim, totalmente ameaçador. Ah, Lestat... Esse também não ficava muito atrás, um vampiro em uma banda de rock, quer coisa melhor e mais perigosa? Mas como tudo que é bom dura pouco, os anos foram se passando e o que era bom foi se acabando. No mundo vampiro do século atual, sangue humano é T.A.B.U., alguns vampiros aderiram à moda da abstinência de sangue. Para evitar ser conhecido como “sanguessuga sem alma”, vale tudo: beber sangue de vaca, cachorro, sintético, papagaio, de outro vampiro, leão, urso, o que vier sendo vermelho e plasmático, está no lucro!

A “raça” que um dia foi repelida, marginalizada, tratada como vilões, roqueiros loucos e sem coração, agora não saí da mídia, para onde olhamos vemos vampiros, vampiros, vampiros e fampiros (fan + vampiros). Não que eu não goste de vampiros, posso dizer que sou fã desde que me entendo por gente, só sou contra essa “hollywoodizada” que os vampiros sofreram.

Que saudade dá época em que vampiro era tri-sexual: homem, mulher ou animal, o que tiver no caminho eles traçavam. Vejam que interessante, agora temos vampiros com voto de castidade. Foi-se a época que vampiros não podiam ter filhos, agora, por mais que o tempo passe o esperma fica lá: firme, forte e vampiresco. Claro! Afinal, sangue de vampiro é um estimulante, Viagra é passado, a moda agora é V! Sem contar que morder ficou pra trás, agora uma lua na testa e uma boa reza pra sobreviver à transformação e pronto és um vampiro.

O Sol! Ah, o sol, aquela grande estrela que costumava tostar os vampiros... Onde ficaram os vampiros que só saem à noite? Ficaram com medo do escuro? Poucos são os vampiros arcaicos que só saem para caçar à noite, os mais evoluídos saem de dia e mantém uma vida humana tranquila. Basta ter um anel com uma pedra mágica ou não se importar de parecer uma alegoria de escola de samba, tudo ficou muito simples. Bom mesmo era o tempo de Lestat, que você tinha de beber um sangue de um vampiro lendário ou o de Drácula, que era clausura até o anoitecer. Pena que não se fazem mais vampiros como aqueles.

Se no presente já é assim, no futuro podemos esperar vampiros capazes de se tele-transportar (não confunda com correr muito rápido), com lasers nos olhos ou com um planeta próprio, para chamarem de Vampireville.

"Oh! Que saudades eu tenho
Da aurora de minha vida
Dos os anos não voltam mais!"

(ABREU, Casimiro de. Meus Oito Anos – Adaptado)

 

Por Isabella Quaranta – desde pequena fã de vampiros

quinta-feira, março 18, 2010

Novidade a caminho - pra quem achava que a estória estava morta

Bem, eu sei que eu não ando atualizando o À Espera do Entardecer nem ameaçada de morte. Também entendo completamente essa vontade súbita dos leitores (se é que ainda existem) de saber o que vai acontecer. Mas eu prometo a vocês, vai sair. Eu só estou um pouco empacada com a narração de uma aula, mas acho que vou dar um jeito, enquanto isso, vou contar as novidades.
Então... eu estava meio que sem ter o que fazer, então decidi revirar meu quarto em busca de um envelope transparente, daqueles pra separar papel... Aííííí, achei um monte de papel reunido (grandes coisas), como estava sem ter o que fazer realmente, fui ver o que tinha nos papéis. 
Gente, vocês não sabem o que achei: Outra estória! 
Sério, eu tinha começado esse livro uns três anos atrás, aí acho que vou juntar com Rebecca e Jean Patrick. Agora teremos também: Mirrage, Legend e  Dr. Farrell. 
Gostaram?
Se gostaram ou não, tanto faz, vou postar do mesmo jeito. kkkk Não, sério gente, eu estou torcendo que gostem...
Eu ainda não criei um resumo, quando fizer isso, crio uma página no blog e disponibilizo o link :)
Dessa vez, eu imploro, comentem se gostaram da ideia. Um pelo menos marquem: Mara (aprovando a ideia) ou Chato (não gostando da ideia).

terça-feira, março 16, 2010

A abelha – um relato verídico

Por volta de 18 horas, Isabella estava usando calmamente seu computador, meio que sem ter o que fazer (mesmo sabendo que tem prova de física e espanhol no dia seguinte). Tudo parecia muito calmo, até mesmo a internet estava muito mais monótona que o normal. Algo estava estranho, e Isabella podia sentir isso. Você meio que sabe quando vai ser atacada por um bicho de mutação genética avançada. I
Isabella parou de digitar e segurou o folego por alguns minutos. Lentamente ela se virou de costas e reparou, junto ao vidro da luminária no teto do quarto, que o barulho vinha dali, de um inseto gigante e mudado geneticamente.
Ela sai correndo pela casa gritando, em busca de salvar sua própria vida. Avisa a seus familiares que um inseto mutante tomou conta de seu quarto e não vai sair dali enquanto não o levarmos a nave mãe. Anna, a mãe de Isabella, corajosamente se arma com um spray contendo veneno e parte para enfrentar uma batalha da qual ela não sabe se voltará.
Depois de um minuto uma hora de guerra, sangue e zunidos de insetos, Anna volta para sua filha e diz: Agora é só esperar a abelha morrer. Sua cara de total despreocupação deixaria até mesmo Rambo chocado. Isabella pergunta a sua mãe se tudo correu bem, ela (a mãe) responde com a mesma confiança mostrada antes: Claro, era só um pouco de Baygon e já foi tudo resolvido.
Mas Isabella não confia nisso, ela pede para a mãe voltar ao quarto e se assegurar que tudo está bem e é seguro voltar para seu quarto. Então Anna volta e grita do quarto: TÁ TUDO LIMPO, PODE VIR. Isabella, vai até lá , sua mãe a mostra as marcas da guerra – uma abelha no chão, perto do banheiro.
Isabella olha para sua mãe e a agradece. Esta olha para a filha e diz: “Agora, limpe”. Isabella encara a mãe incrédula, como aquela mulher que sempre a amara tanto, que a alimentara, dera carinho, estava mandando ela fazer algo quase que impossível. Limpar, leia-se remover o corpo da abelha. Isso é uma tarefa quase impossível para Isabella, que tem nojo até de formiga… Mas ela não se abate. Pega uma pá na cozinha e faz o seu dever, mas não sem antes encarar sua mãe e dizer:
- Se eu morrer, lá, se a abelha voltar a vida e tentar se vingar da sua assassina, nunca mais falo com a senhora.
Então ela se virou e partiu em busca do corpo da Abelha mutante. Ela inclina o corpo para longe da abelha e aproxima a pá só usando uma mão. De repente, ela escuta um plaft, como se algo tivesse sido esmagado, então Isabella larga tudo no chão e começa a correr em círculos dentro de seu quarto enquanto grita: “que nojo, que nojo, que nojo”. O desespero do nojo estava estampado na cara da jovem garota.
Depois de muito brigar contra a pá, esmagar o corpo morto da abelha mutante, Isabella consegue finalmente colocar os restos dela (da abelha) na privada de dar descarga. Mas não sem antes gritar mais um pouco de “que nojo, que nojo, que nojo”.
Toda essa batalha complexa e desafiadora foi narrada ao som de Cobra Starship. No final, Isabella saiu viva e achou inspiração para uma nova postagem.

segunda-feira, março 08, 2010

Pedido de desculpas + outras coisinhas = NOTA IMPORTANTE


Atenção queridos leitores de À Espera do Entardecer.
Como vocês sabem muito bem, eu ando muito atrasada nas postagens de Rebecca e Jean Patrick, Prometo que é por um bom motivo… Na verdade, 2:

  1. Provas, trabalhos, tarefas, outros sites, enfim: super ocupada

  2. Necessidade de pesquisas e apronfundamentos em determinados assuntos, como magia, mitologia, história do século XVI e outros.
Diante dessas desculpas esfarrapadas vocês me perdoam? Obrigada (se a resposta foi sim). Poooooxa vida (se a resposta foi não).
Outro fato importantíssimo, vou criar uma página fixa no blog pra postar os personagens, então fiquem atentos… eu vou refazer algumas montagens.
Beijos, e não deixem de acompanhar o blog, as crônicas diversas eu sempre estarei atualizando.

sexta-feira, março 05, 2010

Entre aspas

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Então ela conclui dizendo: Abre aspas. Todos os alunos da sala a encaram, como se esperassem o que vem depois das aspas. Ela os devolve um olhar amoroso, recolhe suas coisas na mesa e parte em direção a porta. Até que um aluno a para no caminho: Professora, o que vem depois das aspas?. Ela sorri para aquele jovem, que mal sabe a beleza das palavras ainda e diz: Isso depende de você. Então continua seu caminho.
Os outros alunos, que ouviram esse curto diálogo trocam olhares de espanto. Todos se perguntavam o que vem depois das aspas. Daí começou um debate sobre o que vai acontecer.
Abre aspas. Duas palavras que podem levar a vários caminhos. O que acontecem entre esse sinal gráfico pode mudar o rumo de tudo que acontecerá no texto. É possível descobrir um novo amor, uma traição, a solução de um mistério. “Eu te amo”, “Eu te odeio”, “Eu quero ficar com você por toda eternidade”, “Ela não resistiu”. Tantos caminhos, tantas possibilidades.
No dia seguinte, quando a professora entra novamente na sala, os alunos não falam nada sobre a aula anterior. Ela coloca suas coisas no birô e pergunta a eles: O que ocorre após as aspas? Os alunos levantam as mãos, loucos para expor suas ideias. Ela calmamente escuta cada uma das opiniões, das mais diversas e únicas opiniões. Depois de muito ouvir, ela responde a curiosidade dos alunos: Ela fala “Adeus”. Todos presentes na sala olham para a professora, alguns, mais sensíveis choram, outros ficam em silêncio e se contentam em olhar para o teto. Mas todos, sem exceção, sentem o peso da escolha daquelas palavras.
Depois daquele dias, aspas nunca foram tão reveladoras e temidas pelos alunos. Todos entenderam a função daquele sinal gráfico, e mais, entenderam sua função na vida, de mudar o curso e trilhar um novo caminho.

quarta-feira, março 03, 2010

Uma mudança de vida

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Quando tinha 7 anos, sonhava em ser modelo ou policial. Era quase um sonho utópico que eu tinha. Dois anos depois eu parei na frente do espelho vi meu físico e minha altura e desisti de ser modelo. No mesmo ano descobri que eu tinha medo de agir, gostava de pisar segura, não arriscava. Então desisti de ser policial. Minha primeira desilusão tinha se concretizado.

Segui a diante, com 9 anos, quis ser advogada, e continuei com esse pensamento até o julho de 2009. Hoje, posso dizer que vejo prazer em escrever, mas ainda penso em fazer Química. É muita pretensão da minha parte imaginar que eu poderia viver de livros. E se não der certo? E se eu largar tudo para isso, funcionará? Segundo os especialistas, estou na fase do questionamento. Tudo vira uma dúvida, tudo tem dois caminhos. Então, se escrever é um dom que se nasce, como só fui criar prazer por isso agora?

Até 2007, eu não gostava de ler, muito menos de escrever. Foi com a paixão pelos livros, a viagem para outros universos, os delírios e sonhos que criei amor pelas palavras. Não digo que sou uma escritora, apenas sinto prazer em me expressar pelas palavras. Minha vida sem esses momentos, sem esse desabafo seria incompleta, ficaria aquele vazio do silêncio.

Imagine um mundo novo, onde tudo – impossível e possível – pode acontecer, onde podemos viver em paz sem nunca nos preocuparmos com o dia seguinte. Imagine uma vida onde nada engorda, tudo faz bem, e a vida é muito boa para se viver. Monótono não?! Então coloque nesse sonho, uma trama de conflitos, amores, magia, segredos. Se prefere do gênero policial, faça isso. Transforme esse mundo em tudo que você quer. Assim é o mundo dos livros, da escrita, da magia.

“Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever” (Clarice Lispector)

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