Eu me sento e espero pelo entardecer. São momentos como esse em que vemos como é bela a vida. Em que outra hora veríamos o céu laranja? Durante o amanhecer, ele está vermelho, é quando o céu mostra as marcas da noite. Ao entardecer ele se arrepende pelos erros cometidos no dia. Agora está escurecendo, porém ainda é claro, posso ver os últimos raios de sol no horizonte. A noite está chegando, e o dia vai partindo. Porém, ao entardecer, eles param para conversar. Dois opostos convivendo em perfeita união. O entardecer é a hora mágica, é a hora em que renovamos a nossa esperança: por mais escuro que esteja, o sol há de nascer e iluminar meus caminhos, por isso, posso continuar.

Isabella Quaranta

segunda-feira, março 22, 2010

Faz um V e vem pra cá!

clip_image002Era uma vez um vampiro sanguinário... Realmente, ERA uma vez. Hoje nós temos uma nova perspectiva sobre os vampiros: de assassinos bebedores de sangue a leões domesticados.

E no princípio era ROCK! Tudo começou com Bram Stoker e seu Conde Drácula. Aquilo sim que era vampiro: garanhão, sanguinário, com presas afiadas, enfim, totalmente ameaçador. Ah, Lestat... Esse também não ficava muito atrás, um vampiro em uma banda de rock, quer coisa melhor e mais perigosa? Mas como tudo que é bom dura pouco, os anos foram se passando e o que era bom foi se acabando. No mundo vampiro do século atual, sangue humano é T.A.B.U., alguns vampiros aderiram à moda da abstinência de sangue. Para evitar ser conhecido como “sanguessuga sem alma”, vale tudo: beber sangue de vaca, cachorro, sintético, papagaio, de outro vampiro, leão, urso, o que vier sendo vermelho e plasmático, está no lucro!

A “raça” que um dia foi repelida, marginalizada, tratada como vilões, roqueiros loucos e sem coração, agora não saí da mídia, para onde olhamos vemos vampiros, vampiros, vampiros e fampiros (fan + vampiros). Não que eu não goste de vampiros, posso dizer que sou fã desde que me entendo por gente, só sou contra essa “hollywoodizada” que os vampiros sofreram.

Que saudade dá época em que vampiro era tri-sexual: homem, mulher ou animal, o que tiver no caminho eles traçavam. Vejam que interessante, agora temos vampiros com voto de castidade. Foi-se a época que vampiros não podiam ter filhos, agora, por mais que o tempo passe o esperma fica lá: firme, forte e vampiresco. Claro! Afinal, sangue de vampiro é um estimulante, Viagra é passado, a moda agora é V! Sem contar que morder ficou pra trás, agora uma lua na testa e uma boa reza pra sobreviver à transformação e pronto és um vampiro.

O Sol! Ah, o sol, aquela grande estrela que costumava tostar os vampiros... Onde ficaram os vampiros que só saem à noite? Ficaram com medo do escuro? Poucos são os vampiros arcaicos que só saem para caçar à noite, os mais evoluídos saem de dia e mantém uma vida humana tranquila. Basta ter um anel com uma pedra mágica ou não se importar de parecer uma alegoria de escola de samba, tudo ficou muito simples. Bom mesmo era o tempo de Lestat, que você tinha de beber um sangue de um vampiro lendário ou o de Drácula, que era clausura até o anoitecer. Pena que não se fazem mais vampiros como aqueles.

Se no presente já é assim, no futuro podemos esperar vampiros capazes de se tele-transportar (não confunda com correr muito rápido), com lasers nos olhos ou com um planeta próprio, para chamarem de Vampireville.

"Oh! Que saudades eu tenho
Da aurora de minha vida
Dos os anos não voltam mais!"

(ABREU, Casimiro de. Meus Oito Anos – Adaptado)

 

Por Isabella Quaranta – desde pequena fã de vampiros

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