Eu me sento e espero pelo entardecer. São momentos como esse em que vemos como é bela a vida. Em que outra hora veríamos o céu laranja? Durante o amanhecer, ele está vermelho, é quando o céu mostra as marcas da noite. Ao entardecer ele se arrepende pelos erros cometidos no dia. Agora está escurecendo, porém ainda é claro, posso ver os últimos raios de sol no horizonte. A noite está chegando, e o dia vai partindo. Porém, ao entardecer, eles param para conversar. Dois opostos convivendo em perfeita união. O entardecer é a hora mágica, é a hora em que renovamos a nossa esperança: por mais escuro que esteja, o sol há de nascer e iluminar meus caminhos, por isso, posso continuar.

Isabella Quaranta

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Nota URGENTE

Oi gente.
Antes de qualquer coisa: como foi o natal? Ah, Feliz Ano Novo.
É... ano novo.... Adoro o ano novo! sério, acho alegre, sinto como se fosse uma segunda chance para você melhorar.

Queria informar a vocês que eu ando meio... assim... estressada. Crise de inspiração, nada passa pela minha cabeça pra escrever, vai passar, eu sei. Eu ando lendo O Restaurante no Fim do Universo, de Douglas Adams, esse livro é a continuação d'O Guia do Mochileiro das Galáxias, que devo dizer é MARA *-*

Outras news, agora eu vou ter dupla responsabilidade. Vou postar também no PotterNewsBR, um site que deve abrir sexta-feira (01-01-10). Pois é, mas não é Rebecca e Jean Patrick que vão estar lá, eu vou postar exclusivamente notícias sobre Harry Potter. Eu to animada.

Ah, viciei em True Blood. A série é mara! Indico pra todos que gostem de vampiros, não há como não se apaixonar. Acho que eu gosto dos com cara de maus, porque eu me apaixonei por dois personagens... Bill, o vampiro "mocinho"/principal da série, tirando os clichês, não há como não se apaixonar! E Eric, geeeente, ele é bad, but i like it. Ele é PERFEITO e mal.

O mais importante, eu posso estar sem inspiração, mas prometo voltar com uma postagem sobre eles na segunda semana de janeiro, no mais tardar.

Beijos, e aproveitem o ano que virá!

sábado, dezembro 26, 2009

Playlist de sábado #2 – Especial Billboard Fim de Ano

Ooooi gente! Hoje temos uma postagem super especial!

Seguinte, a Billboard divulgou oficialmente as listas de final de ano: Fotos, momentos, artistas, músicas, turnês, álbuns, e blábláblá. Até aí, ok. Eu vou colocar aqui os que eu achei que vale a pena ressaltar. Esse será um post grande, mas interessante.

Começando pelo clássicos: Hits do ano!

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Especial de Natal

Feliz Natal meus amores!

Eu tinha dito que ia fazer um especial com Rebecca e Jean Patrick. Mudei de ideia, fica essa pra outro ano. Eu vou fazer uma short song (estória curta musical). É o seguinte, o tema não tem nada haver com os méridoys, mas vai ficar fofa e mostrar o espírito natalino. A música é linda. Aviso: A música não vai ficar igual ao texto, então dêem pausa após ouvir o trecho ou sigam assim mesmo, caso tenham a música em casa, melhor ainda! :D

Aqui vai a música:

Beijos e bom natal!

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Nota de esclarecimento 5 – A batalha por um coração

Bom, como ontem teve capítulo novo, hoje eu vou mostrar oficialmente as fotos dos concorrentes ao coração atrapalhado da doce Rebecca. Será apresentado a foto de cada um e uma pequena ficha sobre o jovem. (coisas que já apareceram, mas não foram ditas por oficial).

Aqui estão eles. Por favor, recebam com uma calorosa salva de palmas Jean Patrick, Luke e Enzo! Podem entrar garotos. Obs.: não guiem suas opiniões pelas fotos.

terça-feira, dezembro 22, 2009

À espera do entardecer – Capítulo 8: Rebecca, eu te amo.

Oiii a todos os que lêem. Eu sei que era pra eu ter postado ontem, é que não deu, aconteceu um imprevisto. Eu fiquei estressada com o capítulo, rasguei tudo que escrevi e comecei do zero. Fique escrevendo a madrugada toda. Mas acho que ficou bom. Contando um pouco da minha vida por aqui, eu decidi largar As 1001 noites. Realmente, estavam me dando sono. Então recorri a livros de mistério, preciso de inspiração para os novos capítulos. Ops, falei demais.

Pulando essa parte de que eu sou uma tagarela. Eu descobri que tem gente que lê isso daqui *-* é tão emocionante saber disso. Sério gente, eu quase choro. Ok, se querem me deixar feliz façam um comentário! O que custa clicar ali em baixo e dizer: “Oi, li e gostei” ou “Oi, li e não gostei, melhore isso, isso e isso.” Sempre que vocês dão uma opinião ajuda.Esqueçam o que eu disse e aproveitem o capítulo. Ah, só pra avisa, nesse capítulo não tem narração de Jean Patrick. Eu sei, é triste, mas Rebecca é o centro de tudo, afinal, o título é dela. Ainda estou devendo um post sobre a vida dela, como tem o de Jean Patrick, prometo fazer o quanto antes. Beijos.

Rebecca, eu te amo

Já se passaram dois meses que eu cheguei à França e também ao colégio St. Peter. Não parece que se passaram dois meses. Nesses dois meses muita coisa aconteceu. O colégio ainda me parece um mistério, tudo ainda é muito novo para mim. Eu conheci algumas pessoas nesse tempo. Entre elas algumas marcaram meus dias aqui.

Enzo eu conheci na iniciação, ele é um italiano de 17 anos, lindo de morrer, que conhece todo mundo por aqui, mas não larga de mim. Não que eu esteja reclamando, eu adoro isso. Ele é tão amoroso e atencioso comigo. Muito diferente de Jean Patrick, que não fala mais comigo desde a iniciação.

Eu também conheci Michelle, minha companheira de quanto. Ela tem 15 anos e é americana. Rute é uma brasileira que eu conheci durante uma aula de história, eu estava dormindo e o professor me fez uma pergunta, como eu não sabia responder comecei a gaguejar, para me salvar de dar um papinho com o diretor, Rute cochichou a resposta no meu ouvido (ela senta atrás de mim). Depois disso, ficamos muito amigas. Rute é quem me salva de só tirar zero em história, ela estuda comigo. Não, eu não copio a prova dela, tenho o mínimo de decência de me ferrar por conta própria de forma honesta. Ela era aspirante a modelo quando teve de vir para o St. Peter. Essa brasileira muito simpática consegue fazer com que todos os meninos do colégio façam o que ela quer com apenas um sorriso.

Miranda é a companheira de quarto de Rute, igualmente muito bonita. Ela é australiana, mas morou muito tempo na Ucrânia, ela é filha do maior empresário de lá, mas aí teve de se mudar e seu pai perdeu o contato com ela. Só tem uma coisa que sinto realmente pena de Miranda, ela é daquelas que se apaixona. Até aí tudo bem, afinal, eu também sou assim, como a maioria das pessoas, mas Miranda só cai de amores pelos caras errados. Ela me contou que teve uma época que ela era louca por um modelo que estava hospedado na casa de seu pai. Tiago, um romeno loiro, lindo, com corpo que mais parece uma escultura, olhos negros e um sorriso cativante. O problema é que ele é gay. Imagina a cara de Miranda quando soube, ela tinha acabado de se declarar para ele, então ele falou que não poderia ter nada com ela porque ele gosta de outra coisa. Coitadinha...

É meio-dia, eu estou sentada no pátio principal esperando por Enzo. Ele me encontrou no intervalo entre o segundo e o terceiro horário e pediu para eu esperá-lo aqui, nesse horário. Então, aqui estou. Esse pátio é interessante, a iluminação é toda artificial, assim como o céu, mas parece tão real, as nuvens até se mechem.

- Rebecca! – escuto a voz de Enzo me chamando.

- Enzo! – eu grito animada.

- Rebecca, eu estou muito feliz. – ele me abraça. Depois disso, eu também estou.

- Que ótimo! Conta logo. Estou curiosa.

- Lembra que eu te falei que eu queria viajar pelo mundo em busca de uma forma de curar esse nosso “problema”?

- Lembro sim! E que você só poderia fazer isso mediante a aprovação do diretor.

Como não lembrar? Ele fala disso desde que nos conhecemos. E pela cara e felicidade dele, sem contar o fato dele estar segurando a minha mão, algo muito bom aconteceu.

- Sì, sì! Eu acabei de voltar da sala do diretor! E adivinha? – ele dá uma pausa, dando um ar de suspense.

Ah não, ele foi falar com o vilão intergaláctico! Não pode ser. Ele vai ser expulso! O que ele fez pra isso? Ou ou... Ele vai ser enviado pro Havaí para limpar o interior de vulcões ativos! Existe essa profissão? Ou ele vai ser enviado para ser policial em Bagdá! Não, não! Eu não conseguiria viver sem ele. Não deve ser algo ruim, ele está tão animado!

- Calma Rebecca! – ele deve ter notado minha cara de desespero. – Ele me disse que estou entre os 10 escolhidos!

- Que maravilha! – eu o abraço bem forte.

Isso é tão ruim quanto o resto das coisas, eu vou perdê-lo. Ele vai partir para essa missão e eu nunca mais vou vê-lo. Contra a minha vontade, meu olho começa a lacrimejar. Pra piorar, Enzo nota:

- Amore mio, não se aflija logo. Eu só vou partir quando o grupo estiver completamente formado, temos tempo pela frente!!

- Não se ele formar o grupo amanhã!

- Eu sei, - ele diz passando a mão no meu rosto para enxugar as lágrimas – mas não se preocupe, prometo voltar a tempo do seu aniversário.

Eu não consigo responder, apenas o abraço novamente.

- Enzo! Caczo, venha logo! – alguém grita ao longe.

- Eu preciso ir, Rebecca. – dito isso ele da um beijo na minha testa e parte.

Eu olho ao redor para ver se não há ninguém vendo minha cena deplorável. Convenhamos, chorar por um cara que não é, nem de longe, meu namorado, me faz parecer uma babaca desesperada. Enxugo o resto das lágrimas e olho novamente em volta e os vejo sentados algumas mesas de distância do banco que estou.

Jean Patrick está aqui.

E com uma garota de cabelo rosa.

Não ia demorar muito para eu conhecer a vaca que o tirou de mim. Podia ter sido uma melhorzinha... Sinto uma vontade de socá-la, mas estou muito fraca para isso. Pera, eu tenho de me controlar, ela não o tirou de mim, ele nunca foi meu! O que eu to fazendo, poligamia nunca foi meu forte – infelizmente -, há segundos eu estava chorando por Enzo! Jean Patrick está me encarando, algo parece ter o irritado. De repente, ele se levanta e vem até o banco em que estou sentada, e se senta onde estava Enzo a menos de um minuto atrás.

- Olá estranho. – digo sorrindo sarcasticamente.

- Não me venha com essa de “estranho”. – ele não parece nada alegre, quase posso ver as chamas em seus olhos. – Você que não fala mais comigo, “estranha”, desde a iniciação!

- Eu? Você que só quer saber daquela ali de cabelo rosa. Não venha falar de mim, se você também não tentou me procurar!

Acho que se ele me estressar mais um pouco, eu sou capaz de matá-lo. Tenho vontade de dar uma tapa da cara dele e sair correndo chorando. Não! Eu sou forte, não vou dar esse gostinho a Jean Patrick.

- A Zoey? Ela é só uma amiga. Pelo menos ela conversa comigo. E você com Enzo? Pensa que eu não notei o clima entre você e o meu colega de quarto!

- O quê? Então é isso. – eu olho ao redor rindo sarcasticamente e depois o encaro – Você está com ciúmes!

- Ciúmes? – ele parece incrédulo, me engana que eu gosto.

- É isso mesmo, ciúmes! Você não suporta ver outro garoto conversando comigo.

- Garota, você ficou louca. Só por que a sua espinha desapareceu e seu cabelo está mais cacheado e mais bonito, você ta se achando o centro das atenções! Pois está muito enganada. Eu só... Eu só... – ele gagueja – Eu só gostaria de saber se um dia ainda vou ver aquela Rebecca que eu conheci no hotel. – ele da uma pausa e então fica sério – Porque essa daqui não tem nada haver com ela!

- Eu não tenho de ficar aqui aturando você! Se não gosta de mim como eu sou, não precisa mais ser meu amigo!

Eu me viro de uma vez e vou embora sem dizer mais nenhuma palavra. Calma, ele acabou de dizer que meu cabelo está mais bonito? E ele notou que estou sem a Jenna? Tá, isso é fácil de se notar! Será que ele fica reparando esses mínimos detalhes em mim? Rebecca Fosten Laurevan, afaste esses pensamentos felizes, você odeia Jean Patrick! A voz do pequeno ser que vive no meu inconsciente grita para mim e Plaft! Eu caio no chão. Claro, não reparei no degrau, e como era de se esperar, eu tropecei.

Não posso perder a pose.

Rapidamente, eu me levanto, bato a poeira da roupa, e saio andando como se nada tivesse acontecido. Péssima hora para cair. Jean Patrick deve estar rindo da minha cara. Por que essas coisas sempre acontecem comigo?

Eu vou para o quarto. Ainda tenho cinco aulas hoje, mas não vou para nenhuma. Três delas eu fico na mesma sala que Jean Patrick, e eu não pretendo olhar na cara dele tão cedo. Fico no quarto a tarde toda, aproveito para escolher a roupa da festa de iniciação, colocar minhas tarefas em dia e arrumar meu quarto. Essa vai ser a primeira iniciação que eu assisto. Pensando bem, acho que não vou. Jean Patrick vai estar lá, e eu não quero vê-lo de jeito nenhum.

Por volta de seis horas da tarde Michelle entra no quarto:

- Oi Becky! - diz Michelle. Ela não gosta de Becca, então me chama assim.

Michelle sempre foi muito simpática comigo desde que eu cheguei, mas ela não é alguém que eu contaria meus segredos. Sei lá, algo nela não me dá confiança.

- Oi Mikki. – eu continuo achando muito estranho chamá-la de Mikki.

- Nossa, que desânimo! Espero que isso passe até meia-noite. – ela diz super empolgada.

- Eu acho que não vou. – se está sonhando que vou para uma festa de arromba depois de ter visto Jean Patrick com aquela sirigaita de cabelos coloridos, está bem enganada Michelle Satzvan!

- Como não vai? Mas vai ser a primeira iniciação que você assiste! A primeira é inesquecível.

- Como foi a sua primeira? – pergunto testando-a.

- Er... Era... E faz dois meses que não temos uma festa! – ela muda de assunto do nada e começa uma tese demonstrando os motivos que eu tenho de ir para a festa.

No final, eu cedo. Como sempre. Eu preciso aprender a ser durona, como aqueles caras de filmes de ação. Não, eu não vou fazer isso, e se você insistir mais uma vez, eu te parto a cara.

- Tudo bem, tudo bem. Eu vou, mas só para a festa. Não vou assistir a iniciação – digo nada animada.

- Maravilha! E trate de melhorar essa cara de desânimo! Vá se arrumar logo. São nove horas e eu ainda tenho de me arrumar.

Uau. Passaram-se quase três horas desde que Michelle entrou no quarto e começou a falar. Não sei como ela ainda tem voz. Eu não sei o que ela tanto falou, juro que não reparei muita coisa. Eu entro no chuveiro. Enquanto isso, Michelle continua a falar comigo do lado de fora do banheiro. O mais engraçado em conversar com ela é o seu sotaque americano, muito diferente do meu. Tem vezes que eu me seguro para não rir enquanto ela fala.

- Eu fiquei sabendo que é um garoto que fará iniciação hoje. E QUE ELE É DE LONDRES! – ela fala a última frase mais alto, se certificando que eu ouvi.

- Sério, que ótimo! – tento ser simpática, mas pra falar a verdade, não estou com cabeça pra conversar com Michelle.

Eu não consigo parar de pensar no Enzo nem no Jean Patrick. Para não deixar nítida minha falta de interesse no que Michelle está falando, de vez em quando eu falo uns “uhuns” de compreensão.

- Eu vou apresentá-lo a você na festa. Não sei como, mas vou dar um jeito. – ela conclui quando eu desligo o chuveiro. Michelle parece decidida ao falar isso.

- Ótimo! – eu não faço à mínima ideia de quem ela está falando.

Quando saio do chuveiro, já pronta, falta só me maquiar, e isso eu vou fazer no quarto de Rute e Miranda, tínhamos combinado mais cedo.

- Eu vou lhe procurar na festa. Nem pense que conseguirá fugir de mim. – ela diz entrando no banheiro.

- Tá bom. – eu digo ao meio de um risinho.

Saio do quarto, assim que me viro após fechar a porta vejo Jean Patrick sentado em um dos bancos do corredor do alojamento feminino, o mais próximo do meu quarto. Como ele sabe que esse é o meu quarto? São 15 corredores no alojamento feminino, ele não pode ter simplesmente adivinhado.

- Rebecca. – ele se levanta.

Não acredito que ele está aqui, depois de tudo eu fez comigo! Ele deveria sentir vergonha em dizer o meu nome! Eu o olho com desprezo. Ele fica lindo de terno. FOCO! Pare de elogiá-lo mentalmente Rebecca! Tenha vergonha na cara.

- Você deve me odiar, ou não, mas eu preciso lhe falar isso. - Ele olha para o chão e depois olha em meus olhos. – Você estava certa. Sobre tudo. Eu estava morrendo de ciúmes.

Eu estou em choque. Não tenho palavras. Jean Patrick se aproxima de mim e pega na minha mão.

- Eu estou morrendo de ciúmes. Cada vez que Enzo lhe dá um beijo na mão ou na testa, cada vez que ele entra no quarto e diz o quanto você é bonita e como ele é louco por você. Cada vez que isso acontece, parece que meu coração está no centro de um ringue de boxe levando a pior. Rebecca, eu tentei ignorar, eu tentei fugir, eu me afastei de voCê, mas isso só foi pior. Rebecca, eu te amo. Eu te amo desde que dividimos aquele elevador no hotel. A cada dia que eu passo sem te ver ou sem poder ouvir a sua voz é como se o sol não tivesse nascido. Você é o sol que não me faz mal. Eu preciso de você, Rebecca. Eu te amo.

Então ele chega mais perto de mim e me beija nos lábios. Eu não consigo acreditar. Quer dizer que não o perdi. Mais do que isso, ele me ama! Eu estou me sentindo no céu, meu corpo todo sede e eu retribuo os beijos de Jean Patrick. Nada poderá nos impedir de ficar jun–.

- Não. Não. – eu me afasto de Jean Patrick e corro para o quarto de Rute e Miranda, que fica em outro corredor. Eu me identifico e elas abrem a porta. Eu entro ofegante.

- O que houve? – elas falam ao mesmo tempo.

- Eu não posso. Arf... Arf... Eu não posso.

- O quê? Conta logo! – fala Miranda.

Eu as explico tudo que houve desde meio-dia.

- E por que você não fica com o Jean Patrick? – Rute parece atordoada com a minha decisão.

- Porque eu amo Enzo! Bom, eu acho. Eu amo os dois. Eu não sei o que fazer!

- Amiga você vai ter de escolher. – Miranda conclui.

- Eu acho que não vou mais para a festa de iniciação, nem para a cerimônia. – digo.

- Para festa você vai sim! Nem que nós tenhamos de arrastá-la! Se der uma hora da manhã e você não estiver lá, eu venho aqui lhe buscar! – Rute parece falar sério.

- Que seja. Agora eu vou descansar um pouco, tenho de colocar as coisas no lugar.

Elas se despedem de mim e vão para a cerimônia. Eu fico no quarto delas pensando o que fazer da vida. Eu não posso ter os dois, é maldade com eles! Terei de escolher, mas eu gosto tanto de ambos... Ahh...

(N/A: se quiser que fique melhor essa parte, coloque para tocar Imbranato do Tiziano Ferro, eu escrevi ouvindo)

Meia noite e quarenta e cinco. Eu coloco meus sapatos e vou para a festa. Assim que entro no salão, Enzo me vê. Eu sorrio fraco para ele, que se aproxima e me puxa para o centro e começamos a dançar.

- Rebecca, eu preciso lhe dizer algo. – ele fala sério perto do meu ouvido, com um sussurro que me faria cair se ele não estivesse segurando minha cintura.

- Não pode ficar pra mais tarde não? – falo um pouco preocupada. Eu me sinto uma traidora em falar com Enzo depois do Episódio Jean Patrick no corredor.

- Não, tem de ser agora. A música é ideal para o momento – ele dá uma pausa, eu escuto o que toca, parece italiano. – Rebecca, lembra quando você desceu as escadas na sua iniciação? – eu aceno positivamente lembrando-me da minha quase queda – Desde aquele momento eu cheguei a conclusão que nunca mais veria ninguém mais bonita que você. Quando você tropeçou e caiu por cima de mim, eu tive certeza que só podia ser destino. Eu não falei isso antes por medo de você não sentir o mesmo por mim, mas quando eu te vi triste em saber da minha viagem eu tive certeza que era o momento. Como diz a música: Scusa se ti amo e se ci conosciamo da due mesi o poco più. Scusa se non parlo piano, ma se non urlo muoio. Non so se sai che ti amo. Scusami se rido, dall'imbarazzo cedo. Ti guardo fisso e tremo. All'idea di averti accanto e sentirmi tuo soltanto. E sono qui che parlo emozionato. E sono un imbranato! – eu não entendi bulhufas, mais sabia que era algo muito bonito. Acho que Enzo reparou que sou leiga em italiano, pois logo ele traduziu – Desculpa se te amo e se nos conhecemos há uns dois meses ou um pouco mais. Desculpa se não falo baixo, mas se não grito, morro. Não sei se sabe que te amo. Desculpa-me se rio, se me entrego ao embaraço. Olho fixo para ti e tremo. A ideia de te ter ao meu lado e sentir-me somente teu, estou aqui, e falo emocionado. E sou um atrapalhado. Rebecca Laurevan, descendente dos Griffith, ti amo.

Suas mãos sobem da minha cintura para a minha nuca, seus polegares brincam um pouco com a minha bochecha e ele me puxa para perto. Foi uma questão de segundos para que nossos corpos estivessem juntos assim como nossos lábios. Totalmente contra a minha vontade, minhas mãos criam vida e sobem para os cabelos de Enzo. São macios. Eu o amo, agora eu sei disso. Eu sempre o amei. O que eu to dizendo? Eu devo ser a pior pessoa do mundo todo!

- Eu não posso. – digo, afastando nossos rostos, ofegante.

- Por quê? Você não me ama Rebecca? O que eu fiz para não te merecer? – ele fala destruído por dentro, não consigo suportar isso. Rebecca Laurevan, você é a pior pessoa que já surgiu na Terra!

- Não é isso. Eu te amo Enzo, sou louca por você há muito tempo, desde que tropecei e caí por cima de você, eu acho. Mas...

- O que há de errado? – ele parece preocupado.

- É que eu também amo Jean Patrick. Eu não sei! Eu... Eu... – eu me sinto suja, um lixo. – Eu sou uma babaca.

- Entendo. – ele olha para o chão e depois me encara – Rebecca Laurevan saiba que enquanto eu viver, eu lutarei para ficar ao seu lado.

- Oh, Enzo! – eu o abraço, mas uma parte de mim quer se jogar na fogueira das meninas otárias que querem tudo e acabam não tendo nada.

- Rebecca, nem que eu tenha que desistir da minha viagem para ficar ao seu lado, eu farei!

- REBECCA! - escuto a voz de Michelle ao longe.

Eu olho para Enzo, ele acena como se me autorizasse a ir com ela e me beija na testa. Michelle chega e ignora Enzo:

- Venha, eu quero que você conheça alguém.

- Te vejo depois. E não desista de nada, ok? – digo para Enzo.

Eu vou com ela, mas antes, olho novamente para Enzo. Ele está me olhando, e me manda um beijo à distância.

- Quem é, Mikki? O novato?

- Aham, o londrino que eu prometi que ia te apresentar. Ele está ansioso para te conhecer! Ali está ele! – ela acena para ele.

Não. Não pode ser! Isso só pode ser uma brincadeira de mau gosto. Meu pai fez isso para me fazer confessar o beijo na bochecha que ele me deu. Mas que mal há nisso? Não! Qualquer um menos ele. Não! Luke Clanchett não! Por quê? Esse não é meu dia!

- Becca! – ele fala correndo em minha direção;

- Luke. – falo sem muita animação.

- Parece que vocês já se conhecem. Eu vou deixá-los conversando e vou andar um pouco.

Algo me diz que ela saiba de tudo.

- É tão bom te ver, Becca! – ele me diz – Você está linda!

- Obrigada. – falo, constrangida – É bom te ver também Luke.

Então começamos a conversar, na verdade, ele fala, eu ainda estou em choque com tudo que me aconteceu hoje. Quando me dou por mim, estamos no pátio principal, sentados. Noite. Esse é o único horário em que o sol do pátio principal é real, eles tiram a proteção para nós podermos admirar a lua. Hoje ela está cheia, linda como sempre.

- Eu achei que você fosse mais velho do que eu.

- Não, dois meses mais novo. – ele ri baixo. Estranhamente, há dois meses esse riso me faria tremer e chorar, mas agora, não sinto absolutamente nada. – Sabe Rebecca, tem algo que eu queria te dizer desde aquele dia no rinque de patinação. Eu liguei para sua casa várias vezes, mas me disseram que você tinha viajado com seu pai. Então, quando eu soube que viria para esse colégio, tive certeza que iria te perder. Mas, para você ver como é o destino, aqui está você!

- Luke, não pode ficar para de—

- Não. Tem de ser hoje, e agora. – ele chega mais perto de mim. Merda, merda, merda, merda. Tudo hoje?! – Rebecca, eu te amo.

Então ele me beija. Não preciso dizer aonde... Estou tendo uma sensação de Déjà vu. Parece que e já vi esse filme, pela terceira vez em menos de meia hora!

- Luke, - eu me afasto – olha, não vai dar certo. Muita coisa mudou desde que eu me mudei. Eu sempre gostei muito de você, mas agora existem outras pessoas na minha vida.

Eu corro indo embora.

- Rebecca Laurevan, eu vou brigar por você! – ele grita para mim.

Isso não pode estar certo. Não! Por que Luke tina de aparecer para bagunçar mais ainda o que já está ruim! Três declarações de três garotos que eu amei. Que eu amo – tá, dois que eu amo, um que eu amei. Eu corro para o meu quarto, agora que já sei o caminho fica mais fácil. Não demoro muito para chegar, abro a porta. Assim que entro reparo um vento frio. A janela estava aberta, eu a fecho. Viro-me para minha cama, ela está toda desarrumada, todo o meu lado do quarto está bagunçado. Estranho, eu arrumei tudo hoje. Depois eu vejo isso, afasto a bagunça da minha cama, troco de roupa de durmo. Não tenho mais cabeça para nada hoje.

x.x.x.x.x.x.x.

Capítulo reescrito e postado em 16 de julho 2010

Siga para o capítulo 9 >>

sábado, dezembro 19, 2009

Playlist de sábado

Assim, como eu não tenho mais o que postar nessa bodega, vamos postar coisinhas diversas. Gente, acho que não vai dar pra postar o cap na segunda, eu ainda estou escrevendo, e ainda estou planejando um especial de natal. Ok, então vamos a postagem de hoje:

É assim, esses dias eu estava ouvindo o The Fame: Monster de Lady Gaga. Caaara, é bom! Muito melhor que o CD The Fame puro. Ok, tem 8 faixas a mais, todas muito boas.
então aqui vão algumas dicas para o fim de semana (clique nos nomes para ouvir no youtube):

A batida dessa música é envolvente, vale cada minuto. Toda vez que escuto, eu me levanto e danço. Não queiram saber qual foi o resultado no dia que eu escutei dentro do carro. O mais genial é que ela começa com um órgão de igreja, e depois uma batida e uma letra meio safadinha. Fica a dica que em metade do clip, o foco é a bunda do George Michael, mas, meninas, superem, ele é gay.

Muuito boa! Adoro Mika, sempre gostei. Ele tem dois Cd's lançados, ambos maravilhosos. Eu destaquei essa música só porque acho que ela é fofinha. Todas são boas. Dão muita vontade de dançar.

É viciante. Muito viciante. Assim, eu descobri essa por acaso, eu baixei a discografia dos caras pra descobrir uma música (no caso, Hit That). Ouvi todas as músicas, deletei 90%. Mas essa daí, eu não parei de escutar. ADOOOREI o clip, é hilário. Assistam, vale a pena! O final do clip me lembra Cool Guys Don't Look At Explosion, um videozinho que saiu no MTV Awars. Quem viu, entende. Quem não viu, veja aqui. Também é MARA, merecia estar aqui. Se acharem a tradução ou conseguirem entender tudo, fica melhor!

Muuuito boa música do novo CD dela. Viciante, simplesmente.

Maravilhoso! Mais um show dos Muppets cantando músicas de famosos. O clip é engraçadíssimo. E eles cantando ficou lindo. Eu me emocionei. kkkkkk Na verdade, ri pra caramba.

Não tem muito o que dizer. Eu adoro os dois, a música é ótima pra dançar, e envolvente. O clip é engraçado, como todos os dos caras. A harmonia que ficou a voz dos três juntos, ficou ótimo! É muito estranho o método que eles atraem as mulheres e a Katy atrai os homens! kkkkk

Perfeita, essa música é a pérola dos caras! O clip é muuito estranho, me da vertigem. E reforça a ideia das cores que simbolizam a banda: branco e vermelho. A letra é uma barato, ele reforça dizendo que nada vai o impedir de chegar aonde quer!

Créditos as minhas amigas Paty e Melina, que me mostraram essa banda. Gente, os caras são muuito bons! O clip é muito bem bolado, a ideia é ótima, assim como a música.

Ok, esse não é o clipe oficial, é que eu não achei na net. Mas tudo bem, a música ta certa. LINDA LINDA LINDA! Tudo que posso dizer dessa música é isso. Os caras são muito bons. O vídeo certo é como se fosse dentro de um carro filmando o caminha que ele percorre, tipo, só mostra ruas. A música é linda!

Acho que essa é a música mais manjada deles, mas é porque é linda. Como eu estou falando do clip também, esse daí é fofo. Tipo, ele mostra os casais e a quanto tempo eles estão juntos. Se um dia receber uma cantada do tipo: "I have 1 thing 2 do 3 words 4 you: I love you", agora você sabe de onde veio. .

Bom, por hoje é só. Beijos e até logo.


terça-feira, dezembro 15, 2009

À espera do entardecer – Capítulo 7: A iniciação

É uma da manhã, e cá estou, escrevendo… Oh vida tediosa… Bom, algumas coisinhas antes do capítulo. Eu desisti de ler Senhor dos Manés Anéis, parti para As 1001 noites. Isso, faz uma semana, esse capítulo não me deixou ler nada.

Desculpem-me pelo atraso, e aí vai o capítulo de presente pra você

P.S1.: Farei uma estorinha curtinha de natal de presente.

P.S2.: COMENTEM.


cap7 - a iniciação

Terno. Sinceramente, prefiro usar uma camisa de força a colocar um terno.

- Eu não vou usar isso. Sem chance! – falo para Enzo.

- Dio Santo! – diz Enzo enquanto termina de se arrumar. – Você tem que ir de terno. É a sua iniciação. É um dia muito especial, você completa 15 anos. Só eu tentei quebrar essa regra, e não deu muito certo.

Olhando por esse lado, eu posso abrir uma exceção.

- Além do mais, - ele continuou – é uma ótima oportunidade para impressionar as garotas.

Enzo pisca o olho para mim. Ele não tem jeito. Eu sabia. Tinha de ter outro motivo por trás disso. A única garota que eu gostaria de impressionar é Rebecca. E ela deve estar bem longe daqui.

- Vai logo, seu sciocco! – ele me dá um “soquinho” no ombro.

Ai! Ele deveria tentar controlar sua força. Acho que outro “soquinho” desses, ele conseguirá quebrar meu braço. Eu faço um esforço e me visto. Realmente, eu fico ótimo de terno. O problema é que eu não me sinto eu mesmo. Arrumadinho demais.

- O que acha? – mostro para Enzo, meio sem jeito, a roupa em mim. Estou parecendo o Ken da Barbie em dia de baile.

- Humm... Seu cabelo... Tá muito arrumadinho. – ele para de frente para mim – Deixa que eu dou um jeito.

Tenho medo. A primeira coisa que ele faz é bagunçar o meu cabelo. O que estava milimetricamente organizado passou a ficar completamente bagunçado. Depois ele abriu meu paletó e tirou minha gravata. E para completar... ele abriu minha camisa uns dois botões, de forma que eu pareço um modelo de propaganda de perfume.

- Pronto. Agora sim, você está vestido e arrumado adequadamente. – Enzo tenta me animar.

Eu me vejo no espelho e abro um largo sorriso. Esse sim, sou eu!

- Ah, não escute nada que a Amelie falar sobre sua roupa. – Enzo me diz quando repara na minha felicidade.

- Tudo bem.

Mal pronunciei essas palavras, ouço uma batida na porta.

- Monsieur Jean Patrick, já está pronto? – falou a doce voz de Amelie.

- Só um minuto. – eu grito em resposta, e me dirijo a Enzo: - Você vai agora?

- Claro que não! – ele me responde. – Eu só vou à meia-noite, quando começar o evento.

Eu aceno mostrando compreensão e saio do quarto.

- Até que em fim! – disse meu anjo de cabelos de fogo, com olhar mortal e impaciente, logo que eu fecho a porta.

Começamos a andar pelo corredor do alojamento. Eu olho para trás quando nos afastamos um pouco da porta. 190. Eu e Enzo estamos dividindo o quarto 190 do alojamento. Não demorou muito para chegarmos ao local onde será realizada a cerimônia de iniciação. Durante todo o percurso ela, Amelie, reclamou das minhas roupas. Eu segui o conselho de Enzo e fingi que não era comigo. Quando eu penso que o sermão acabou, ela retoma a voz.

- Está vendo aquela porta? – ela me mostra uma porta branca ao lado de uma longa escada. – Entre lá, pois meu marido estará lhe esperando para dar as instruções. Agora, Jean Patrick!

- Sim, senhora! – e vou até lá.

Eu estou quase chegando ao meu destino quando vejo uma distração. A distração mais bela e perfeita que eu podia imaginar. É ela, Rebecca. Aquela palavra ficou ecoando em minha mente. Rebecca. Rebecca. Eu tenho milhares de ideias, mas a que é mais forte me diz para gritar seu nome. Eu tenho. De novo. E de novo. A voz se nega a sair da minha garganta. Nossa, ela está deslumbrante! Azul marinho fica maravilhoso sobre sua pele muito branca. Acho que me apaixonei. Se não estivesse apaixonada antes, agora sei que estou. Eu não sei se ela me viu, mas, pelo menos, eu a vi. E ela está aqui, mais próxima do que eu poderia imaginar. Eu entro na porta, ainda meio bobo.

- Olá! – falou-me uma voz grossa, que vinha de um troglodita sentado numa poltrona no fundo da sala. – Você deve ser Jean Patrick.

Ele se levanta para me cumprimentar. Eu não reajo. Ainda estou meio abalado com a imagem de Rebecca... Linda... Deslumbrante... TLEC! Saio do devaneio com o estalar de dedos do troglodita.

- Oi? Terra chamando Jean Patrick!

- Ah, desculpe. Sou sim, prazer. – digo embaraçado.

- Eu me chamo Fritzi Gutenhein, o prazer é todo meu. – e ri de forma simpática.

Gutenhein... Eu já ouvi isso em algum lugar, acho que foi numa garrafa de cerveja.

- Então, - o troglodita diz – o que achou da minha esposa, Amelie?

Claro! Foi aí que eu ouvi. Espera. Esse cara é o marido do meu anjo de cabelos de fogo, da minha virgem dos cabelos esvoaçantes?! Eu não tenho a menor chance contra ele.

- Ah, ela é muito bonita, o senhor é um homem de sorte. – digo completamente embaraçado.

- Haha. Sou mesmo. Ela é muito bonita. – do nada ele me encara sério – Se você sonhar em tocar em um fio do cabelo dela, eu te parto a cara. Entendido?

Fico sem resposta. Estou tremendo. Os olhos dele pareciam que iam me matar. Medo. Ele ri diante do pavor estampado no meu rosto. Eu rio junto, para esconder o medo que meus olhos demonstram.

- Agora, deixe-me explicar como será a iniciação.

Ele fica falando por uns trinta minutos. Eu escuto tudo prestando atenção. Tenho medo que ele me mate caso contrário.

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Eu estou à beira de um ataque de nervos. Isso não pode ser real! Mas quem seria tão mal a ponto de fazer isso comigo? Meu corpo todo está tremendo. Ele está aqui. Jean Patrick está aqui. Eu deveria ter gritado por ele. Talvez ele não tivesse me visto, por isso não falou comigo. Ou talvez, ele tenha me visto, mas preferiu me ignorar. Ele deve ter encontrado alguém melhor do que eu. Como fui boba, nunca que um garoto tão perfeito como Jean Patrick iria se interessar por alguém tão sem graça como eu. Ei, mas ele me trocou meio rápido! Que garoto galinha. Não, ele provavelmente não me viu. Ele deveria ter gritado. Mas espere, eu gritei! Bom, eu abri a boca e soltei o ar de forma a balançar as cordas vocais, mas não saiu som. Elas se negaram a sair do lugar e qualquer ruído que fosse, fizeram uma revolução momentânea. Mas porque que tinha de ser justamente quando eu o vi?! Eu deveria ter corrido até ele. Francamente, ainda bem que eu não fiz isso. Eu ia parecer uma desesperada! Imagine, eu, Rebecca Fosten Laurevan, divinamente deslumbrante, correndo com um salto de 10 cm atrás de um garoto. Nunca! Além do mais, se isso ocorresse, ia ser um desastre evidente.

O mínimo que aconteceria seria tropeçar e cair de cara no chão. Isso faria com que meu rosto ficasse achatado, mais do que já é, e quando eu subisse para receber o Oscar, quero dizer, fosse para a iniciação meu rosto iria parecer uma bolacha coberta de geléia de morango. Mas isso não importa, eu deveria ter feito algo... Eu não consigo me concentrar.

POR QUE ESSA MULHER ESTÁ ME ENCARANDO? Bom, “essa mulher” é a esposa do saradão do Fritzi. Ruiva de olhos claros. Minhas chances contra ela: 0% posso até cogitar um 100% negativo. Ela me dá medo. Faz 10 minutos que estou aqui, e ela, simplesmente, não falou nada! NADA! Acho que ela vai falar algo, ela está se mexendo na cadeira para poder ficar mais próxima de mim. E então, ela finalmente fala:

- Agora que os seus mentores chegaram, posso explicar a você como será a cerimônia. – ela olha para a porta, eu acompanho o seu olhar.

A porta se movimenta, abrindo; e entram na sala Demitrios e uma mulher. Ah... Demitrios. Meu mafioso consegue me arrancar suspiros toda vez que eu o vejo.

- Olá, Rebecca! – ele diz em tom simpático, muito diferente do apresentado junto aquela mesa de pôquer.

- Parece-me que vocês já se conhecem. – diz a ruiva curiosa.

- É uma longa história, Amelie. Depois lhe conto. – Demitrios responde-a.

Amelie, esse é o nome da bruxa ruiva.

- Esta é Carmela. – ela o ignora, e se dirige para mim.

- Olá, Rebecca! É um prazer lhe conhecer.

Diva. Essa é a melhor definição para Carmela. Acho que ela é latina ou espanhola. Ela é morena, com grandes olhos cor de âmbar, e um cabelo cacheado castanho, como o meu. Carmela deve ter algo com meu mafioso, ele não para de olhar para ela. Esqueci de mencionar que ela tem bunda e peitos fartos? Parece que está amamentando. Eu já perdi Jean Patrick, depois Fritzi e agora meu mafioso! Acho que vou me confessar com o padre Jason, talvez ele possa me consolar.

- Agora, que todos já foram devidamente apresentados, nós podemos explicar a Rebecca como será a cerimônia. – Amelie me encara séria e ordena: - Preste atenção.

- Tudo bem. – digo com um certo medo dela me espancar com uma régua.

- Você irá descer com Demitrios e Carmela uma escada e ir para o centro do ginásio. Lá, irá esperar pelo descendente de Paddock. Então irão se cumprimentar e seguirão para os locais das suas respectivas famílias. – ela dá uma pausa para eu absorver as informações e retoma a voz: - A sua família fica no segundo banco, ao lado direito da de Paddock, que fica no centro. Ao seu lado estará outra escada, por lá você irá descer quando for liberada a saída. Cuidado, todos os presentes no local saem ao mesmo tempo.

- Rebecca, - Carmela começa a falar antes que Amelie continue – lembre-se que você deve cumprimentá-lo com uma reverência, no estilo medieval, ele fará o mesmo.

- Sem problema. – tento parecer despreocupada.

- Ótimo! – a bruxa ruiva voltou a falar. Será que ela não consegue calar a boca. – Eu vou me arrumar, encontro vocês lá em cima.

Ainda bem. Distância dela é tudo que eu preciso.

- Vamos? – diz meu mafioso estendendo-me a mão e dando um meio sorriso. Já comentei que tenho uma tara louca em homens que dão o sorriso de um lado só, quase como se não fossem sorrir?! Pois é, eu tenho.

Eu sorrio e pego a sua mão. Estou tremendo. Eu e escada nunca nos demos bem, ainda mais com um salto de 10 cm. Entramos em um elevador que, estranhamente, não tem botões. Assim que nós três entramos, as portas se fecham e começamos a subir. Estranho, o elevador tem vontade própria. Ele para e abre as porta. Estamos em um corredor com fotos de homens e mulheres com roupas estranhas.

- São os antigos diretores do colégio. O atual, Pablo Dominius, ainda não tem sua foto aqui, só é posta depois que eles morrem. – Demitrios me explica.

Quer dizer que o protótipo de vilão intergaláctico é o diretor daqui... Tô bege!

- Agora temos de esperar Amelie e Fritzi nos chamar.

Foi só falar o nome dela, que Amelie aparece. Ela está fabulosa. Seu vestido é preto com um super decote e o cabelo vermelho solto. Começo a me achar mal vestida.

- Todos prontos? Podemos começar? – ela fala.

- Sim, vamos logo. Vou mandar uma mensagem para Fritzi. Carmela, mande aquele senhor avisar ao meu marido que iremos dar início a cerimônia.

Carmela faz o que Amelie pediu, e vai até o elevador avisar ao homem que lá está parado. Não me lembro dele ali antes. Esse dia está muito estranho. Olho para o grande relógio próximo as cortinas por onde vamos sair. É meia-noite em ponto. Parabéns para mim.

- Parabéns, Rebecca! – parabenizam-me Carmela, que acabou de voltar, e Demitrios.

- Obrigado.

- Chega de falar. – a bruxa ruiva voltou, eu ainda mato essa mulher. – Eu vou entrar agora, vocês esperem Fritzi chamá-los.

Ela sai antes que pudéssemos responder. Escuto sua voz vinda das caixas de som. Ouvi-la já é ruim, amplificado em uma caixa de som é muito pior.

- Boa noite a todos! – ela diz e todos aplaudem. – Estamos aqui reunidos para a última cerimônia de iniciação que será realizada este ano.

Então a voz do bonitão do Fritzi se destaca:

- Hoje nós temos dois novos alunos de duas famílias diferentes. Um Paddock e uma Griffith. Quero que dêem as boas vindas para Rebecca Laurevan!

- Vamos. – Demitrios cochicha para mim, ele e Carmela me dão a mão.

- Rebecca é descendente de Griffith – Fritzi continuou enquanto eu descia a escada – Ela tem como mentores Demitrios Krastoff e Carmela Vicheline.

Estava esperando ele falar meu peso, minha altura, e minhas características gerais, como em um leilão. Parecia que eu ia ser leiloada. Em minha cabeça, eu o ouvia pedindo um lance mínimo de 10 €. Eu fiquei tão distraída imaginando como seria esse leilão que tropecei no meu pé. Durante o meio segundo que eu permaneci em processo de queda, eu vi toda a humilhação diante dos meus olhos. Ao final desse meio segundo, eu senti os braços fortes de Demitrios em volta de mim. Ele me salvou. Meu herói. Quando eu voltei ao normal do meu estado de choque completo e momentâneo, eu olho para o lado, para ver se alguém viu meu tropeço. Lá está ele, parado no topo da escada, meu deus grego. Ele pode não ser mais meu, mas ainda é um deus grego.

- ...descendente de Paddock. – escuto Fritzi dizer – Ele tem como mentores Jason Scavanelli e Kristine Bogans.

Kristine? A bruxa mor?! Coitado. Mas devo admitir, ela fica até que bonitinha quando se arruma. Pelo menos meu padre está aqui, assim eu posso me confessar o quanto antes. O que eu estou dizendo? Finalmente, estou no chão. Demitrios solta a minha mão e indica para eu seguir para o centro do ginásio. Enquanto isso, Jean Patrick fazia o mesmo, e agora ela andava em minha direção.

- E agora, - disse Amelie – a valsa!

VALSA?! Como assim, valsa? Ôôô diretor, isso não tava no roteiro não. Eu não sei dançar valsa. E pela cara de pavor de Jean Patrick, ele também não sabe. Eu pego na mão dele, meu rosto está pegando fogo de vergonha. Nós nos cumprimentamos e ele estende a mão para mim. Não acredito que eu vou fazer isso. Não pode ser. Não na frente de tanta gente. Não na frente de Jean Patrick

- Você sabia disso? – ele me pergunta.

- Claro que não. – cochicho em resposta. Como se eu fosse estar aqui se soubesse de algo!

- É bom lhe ver de novo. – ah, esse sorriso de Jean Patrick tira o meu fôlego.

- É. Eu digo o mesmo.

Vergonha. Vergonha. Muita vergonha. Ele me ama, só pode ser. Ou talvez ele só me ache uma grande amiga que fala o dia em que menstrua para um garoto. A música para de tocar e todos aplaudem. Nós nos cumprimentamos novamente e cada um parte para a sua família. Acontecem mais algumas apresentações artísticas e é apresentado o calendário do início do semestre. Após isso somos todos liberados para festa.

Logo na saída do ginásio, na descida da escada, eu tropeço, novamente, e caio por cima de um garoto.

- Desculpe-me. – digo enquanto ele me ajuda a levantar.

- Não precisa se desculpar. – ele diz se virando para mim. Quando seu olhar se encontra com o meu, ele abre um grande sorriso que faz minhas estruturas se abalarem – Meu nome é Enzo.

Uau, ele é bonito. Tão lindo quanto Luke Clanchett. Ou mais. Realmente, mais. BEM MAIS! Ele é quase que inexplicavelmente impossível de existir. Se houver alguém em um plano superior, decidiu pegar toda a beleza do mundo e jogar em uma só pessoa.

- Eu sou Rebecca. – tento ao máximo fazer minha voz não soar como uma louca que acabou de cair de um precipício por um cara.

- Você estava maravilhosa lá em cima. Eri bellissima! – ele estende a mão para mim - Se importaria de me acompanhar até a festa? – que olhos sedutores, não há como dizer não para esses olhos.

- Claro, será uma honra. – sorrio abobada vendo o sorriso animado dele.

Ele é tão simpático. Conversamos bastante, mas eu tomo cuidado para não me empolgar e começar a falar demais. Eu já cometi esse erro uma vez, e perdi o coitado que escutou, não vou fazer isso de novo. Dessa vez, esse não me escapa. Fico o caminho todo o ouvindo falar de como é legal o colégio e como eu vou gostar daqui. Se eu tiver você do meu lado todo dia, acho que posso viver eternamente sem ver a luz do sol.

- Gostaria de dançar? – ele me pergunta me mostrando a pista.

- Eu não sei dançar. – digo meio envergonhada.

- Vamos, é só balançar o corpo sem sair do lugar ao ritmo da música.

- Tudo bem. – ele me leva para dançar.

Conversamos mais um pouco depois da minha tentativa frustrada de dançar. Ele é italiano, tem 17 anos, está aqui desde os 15, como todo mundo, e mal vê o momento em que ele será encarregado de partir para descobrir como quebrar a maldição e se vingar do traidor. Que heróico.

Meus músculos não suportam mais a pressão e me imploram um descanso. Porém, minha cabeça está a mil querendo ficar para todo o sempre ao lado desse italiano gostoso que eu conheço há quase duas horas.

- Acho que vou indo, estou cansada. Foi ótimo ter a sua companhia. – digo.

Ele pega a minha mão e dá um beijo nela. Eu me derreto por completo.

- Tudo bem. Foi um prazer conhecê-la Rebecca. Tenho certeza que vou vê-la mais vezes. Ciao.

- Ciao. – digo

Eu sorrio e saio. Acabei de ter certeza que eu morri naquele avião, eu suspeitava disso quando realizei que Luke tinha me dado um beijo na bochecha (DIREITA) mais cedo e depois que embarquei conheci Jean Patrick, Jason e Demitrios, tudo no mesmo dia. Se minha teoria estiver certa, eu devo estar no paraíso, do contrário, não haveria tantos anjos e deuses gregos. Eu estou andando pelos corredores e, busca do quarto 360. Ainda não vi nem Michelle, nem Jean Patrick. Amanhã eu vejo isso, estou muito cansada para racionar. Do nada eu encontro o corredor em que Fritzi havia me levado da primeira vez, vou andando por ele, até que chegar ao número 360.

Paro diante da porta. Coloco meu dedo no identificador de digital na frente da maçaneta. A porta é destravada. Então eu escuto um som vindo de dentro do quarto. Deve ser Michelle. Um barulho de vidro quebrando chama minha atenção. Eu entro no quarto. Ninguém, tudo parece normal de início, fora a janela quebrada. Eu olho para o resto do quarto. Alguém entrou aqui e revirou tudo nas minhas coisas. Eu arrumo tudo e me deito para dormir, meu dia foi muito perfeito para me preocupar com essa besteira. Amanhã eu me importo com o que aconteceu aqui. Ou um dia, quem sabe.

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Droga! Eu perdi Rebecca de vista. Onde será que ela foi parar? Eu me sento em um sofá próximo ao bar. Se eu vir Rebecca, eu vou gritar. Preciso falar com ela, não sei o que vou dizer, só quero ouvir sua voz por mais um tempo. Desde quando eu sou assim? Me importo com as pessoas e quero saber delas e de como estão. Acho que preciso de algo para beber. Peço uma água. Não se passam cinco minutos que volto do balcão do bar e uma estranha garota de cabelo rosa senta-se ao meu lado.

- Oi, meu nome é Zoey - ela fala sentando-se como se fossemos velhos amigos, e eu simplesmente não tivesse a reconhecido. – Você deve ser Jean Patrick. É um prazer conhecê-lo.

Estou sem palavras. Ela espera eu responder, mas como a resposta não veio, ela continua a falar sobre a sua vida.

- Eu tenho 15 anos, como você, minha iniciação foi no dia 13 de março e por acaso caiu em uma sexta-feira. O mais interessante é que eu estou aqui desde os nove anos, meus pais adotivos viajaram e me deixaram aqui. Eu não me importo. Gosto desse lugar. Eu sou americana.

Por um milagre ela dá uma pausa, já estava chocado como ela conseguiu falar tantas palavras, tão rápido. Eu estou confuso. Por que será que as mulheres falam tanto? Após uma pausa para pegar ar, ela continua.

- Eu também sou Paddock, parece que é por parte de pai. Não se preocupe, não somos parentes, só temos um ancestral em comum. Quando eu pego sol, eu viro um corvo. E você?

Tenho vergonha de responder, mas algo me diz que posso confiar nela.

- Eu viro uma mulher. – sinto meu rosto queimar igual pimenta.

- Ah. – ela abafa um risinho. – Fale mais sobre você, Jean Patrick, descendente de Paddock. Sabia que somos os únicos? Normalmente, os descendentes de Paddock são assassinados antes de completarem 15 anos, principalmente se forem gêmeos.

- Que estranho, mas eu sou filho único. – digo interessado.

- Deve ser por isso que ainda está vivo.

- Por que “principalmente se forem gêmeos”?

- Não sei. – ela olha para o teto como se buscasse respostas – Deve ter algo haver com a profecia antiga. Não que vá ser igual para todo mundo. Sempre muda. Depende dos 10 escolhidos, para cada grupo, instruções diferente para levar aos mesmos lugares.

Ela é muito macabra, ela falou tudo isso como se fosse completamente normal. Mas algo me diz que seremos bons amigos. Ela insiste que eu fale sobre mim. Então mudamos de assunto e eu cedo a sua vontade. Do nada, ela se levanta:

- Boa noite, Jean Patrick. Eu preciso ir.

- Por quê? Foi algo que eu disse?

- Não, são duas e meia da manhã. Era pra eu estar dormindo desde duas e dezessete. – ela se vira e vai embora.

Garota estranha. Duas e dezessete? Por que não duas e vinte?

Acho que vou fazer os mesmo. Vou até o meu quarto. Quando chego, coloco o polegar no leitor da maçaneta e abro o quarto. Fecho a janela, que estava aberta. Tiro o paletó deito na cama e durmo.

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Capítulo reescrito e postado em 16 de julho de 2010

Siga para o próximo capítulo >>

terça-feira, dezembro 08, 2009

Notícias Mundo Afora #2 - Lady Gaga: Box com seu cabelo e show para a rainha Elizabeth, louca ou diva?

Pois é gente, eu ainda estou viva.
E vou logo avisando, tive problemas com o capítulo. Meu computador decidiu não ligar mais e eu não salvei o arquivo em outro lugar. Hehe... (sem jeito). Mas vamos a algumas coisinhas que eu achei na internet. No site da Rolling Stone uma notícia que eu tinha de mostrar pra vocês.

sábado, dezembro 05, 2009

Notícias Mundo Afora #1 - Fedor na biblioteca

Homem é proibido de frequentar biblioteca por causa de fedor

Stuart Penman

Stuart Penman levou cartão vermelho da biblioteca pública da cidade de Wigston Magna (Inglaterra). A justificativa: ninguém mais aguentava o "poderoso" fedor que emana do corpo do homem de 27 anos. A direção da biblioteca afirmou que alertara incontáveis vezes sobre o mau cheiro de Stuart, que vinha incomodando funcionários e frequentadores do local.


Mas Stuart não fez nada. Para evitar que as pessoas deixem o local sempre que Stuart chega, a direção resolveu pelo mais fácil: o sujeito ficará longe de lá até que melhore sua higiene pessoal.

O "fedorento" tentou se defender:
"Eu tomo banho todos os dias, mas percebi que tenho chulé. Eu moro com a minha mãe, que fuma. Então eu também fico com cheiro de cigarro. Na verdade acho que fui afastado porque eles não gostam de mim. Umas mulheres que trabalham lá simplesmente disseram para eu sair porque cheiro mal."

"Recebemos várias queixas durante um ano. Não é o cheiro de cigarro, é o fedor do seu corpo. Estava ficando cada vez pior. Quando percebemos que as pessoas estavam deixando de ir à biblioteca, não tivemos outra escolha", disse Margaret Bellamy, autoridade muncipal responsável por bibliotecas.

A namorada de Stuart,
Laila Spencer, de 23 anos, que também mora com ele, confirmou que o companheiro se banha diariamente, mas que tem "alguns problemas às vezes". Huummmm...

Fonte


Sem pensar duas vezes, o que mais te chamou a atenção nessa notícia?

a) O cara ainda toma banho

b) Ele tem namorada, mesmo fedendo

c) Ele não sabia que tinha chulé

d) O Robert Pattinson então, coitado de quem contracena com ele.

d) Quais são esses "problemas" mencionados pela namorada?

À espera do entardecer - Capítulo 6: Uma história, várias vidas.

Olá a todos os passageiros da nave mãe, essa é uma mensagem datilografada da Terra.
Hahaha, boa maneira de começar a postagem.

Antes do capítulo, algumas confissões:
1- As férias estão me cansando, por mais que eu tenha implorado por esse dia. Agora é uma nova fase, imploro pelo fim da recuperação (mesmo que eu não tenha ficado em nada), assim meus amigos vão poder sair. Sério, eu to dentro de casa o tempo todo, tudo que faço é escrever e ler ( e dormir e comer e usar o computador, mas isso não vem ao caso.)....
2- Eu terminei, depois de muito penar, A Menina que Roubava Livros. Assim, eram duas da manhã, minha avó dormindo do meu lado, eu chorando litros. O livro está cheio de lágrimas. Amei o livro, simplesmente amei! Agora entrei em uma nova área, fui para Tolkien, tentar ler Senhor dos Anéis.... Espero terminar a trilogia até o fim do mês.
3- Eu odiei o final desse capítulo, quase não posto, ta pooooodre!!! Mas se eu não postasse, eu era trucidada. Eu sei.

Então obrigado pela paciência de ler essa cacareca(se é que você leu) e aí está o capítulo fresquinho pra vocês.

Capítulo 6

Em meados do século XVI, quando os reis e rainhas predominavam em toda a Europa e a Igreja Católica era tão rica e poderosa quanto os monarcas, o rei da Inglaterra, Henrique VIII fez o que nenhum outro rei havia feito. Rompeu com a Igreja Católica. Disso você já sabe, afinal, faz parte da história do seu país. O que não é relatado é a história por trás da história. É melhor eu começar devagar, assim você não se confunde.

O poder da Igreja Católica estava incomodando alguns nobres. Com a venda de indulgências e o lucro com partes das terras de alguns nobres, a Igreja já era a maior proprietária de terras da Europa Medieval. Era preciso que a Inglaterra rompesse com a Igreja para assegurar aos nobres seu poder e suas terras, sem interferência da Igreja. Para isso, cinco famílias de grande influência junto ao rei se uniram para conspirar. Jean Patrick, você me parece sonolento. É de extrema importância que preste atenção em tudo que eu digo. Bem, onde eu estava mesmo?! Ah, sim. Após a morte de seu irmão, Artur Tudor, de tuberculose aos 15 anos, Henry, o Duque de York, fica encarregado de continuar o reinado inglês.

Catarina, esposa de Artur, impedida de voltar para a Espanha, pois seu dote ainda não havia sido pago por completo ao rei, era obrigada a permanecer na Inglaterra. Os reis da Espanha exigiram o casamento de Catarina com Henry Tudor. O rei, Henrique VII, aceita a proposta e casa seu filho, de apenas 12 anos, com a jovem. Porém, para que isso acontecesse, era preciso uma dispensa papal. Isso era necessário, pois, segundo o livro de Levítico, “Se um irmão casar com a mulher do irmão, eles não terão filhos.”. O papa concede a anulação e assim, 14 meses após a trágica morte de Artur, Catarina fica noiva de Henry. O casamento só ocorre em 1509, não é preciso saber os motivos agora meu filho; No mesmo ano, Henry e Catarina foram coroados rei e rainha da Inglaterra e Henry passou a se chamar Henrique VIII. Até aí eram tudo flores, porém, em 1510, Catarina fica grávida de seu primeiro filho. A criança não chega a crescer muito na barriga, pois morre. No ano seguinte, Catarina da à luz a uma criança saudável, chamado Henry, mas a tristeza mais uma vez assola os corações dos ingleses. O bebê só viveu um pouco mais de um mês.

Henrique sempre foi um mulherengo. Durante seu casamento ele manteve casos com várias damas de companhia, dentre elas, Maria Bolena. Catarina ficou grávida, pelo menos, umas sete vezes, mas somente uma menina sobreviveu, a princesa Maria. Os ingleses não se mostravam nada contentes em saber que o trono seria dado a uma menina e que ela era parte espanhola. Quando ficou claro que Catarina não poderia mais ter filhos, os conselheiros decidiram agir.

Sabendo da fraqueza do rei, Lorde Paddock, braço direito de Henrique VIII, decide colocar Ana Bolena no caminho do jovem mulherengo. Como era de se esperar, o rei se apaixona loucamente por Ana. Ela fora aconselhada pelos conselheiros reais a só ceder ao rei mediante um casamento entre eles. Quanto mais Ana fugia de Henrique, mas ele se sentia atraído por ela.

- Rogo a Sua Alteza mais fervorosamente a desistir, e para isso a minha resposta em boa parte. Eu preferiria perder a minha vida que a minha honestidade e honra. – dizia Ana ao rei diante de suas propostas indiscretas.

Ana aproveitou-se da paixão de Henrique e disse-lhe que só iria render-se a ele se fosse reconhecida como rainha legítima da Inglaterra. Quando o rei fica sabendo disso, ele pede ajuda de seus cinco amigos e conselheiros, o Lorde Paddock, Lorde Ethelbert, Lorde Keigwin, Lorde Bristow e Lorde Griffith, que o instruem a pedir ao papa a anulação de seu casamento com Catarina. Eles sabiam que o papa iria negar o pedido, devido a sua proximidade com a família Aragão.

A trama estava armada. Era questão de meses para que a Igreja Católica não tivesse mais poder nenhum junto ao rei e sobre as terras da Inglaterra.

Mas os conselheiros não contavam que seriam traídos por um deles. A informação vasa, e a família Aragão tentam impedir que tudo se concretize. Porém era tarde demais. Henrique só tinha olhos para Ana.

Quando foram oficializadas as suspeitas dos lordes, eles instigaram o rei a se casar em segredo com Ana. O rei, cego de amor, casa-se em segredo, mas depois faz isso de forma oficial, em Londres, e expulsa Catarina do castelo. Ela é rebaixada de rainha para Princesa viúva de Gales.

A família de Catarina, nada satisfeita, relatou tudo ao padre Clemente VII, que excomunga Henrique VIII. Em resposta, o Rei, junto aos seus conselheiros, decreta uma série de atos retirando todo o poder da Igreja e transferindo-os para o rei. Dentre eles, o Ato de Supremacia, no qual proclamava o Rei como o único chefe supremo na terra da Igreja e da Inglaterra, e o Ato de Traição, que condenava a morte quem não reconhecesse a autoridade do rei entre outras coisas, como acusar o casamento de Henrique com Ana de ser inválido. Dessa forma, o parlamento validou o casamento de Henrique VIII com Ana Bolena e tornou a filha dele com Catarina ilegítima.

Os de Aragão não ficaram nada satisfeitos diante de tamanha perda. Eles decidem se vingar dos conspiradores, e jogam uma terrível maldição sobre os descendentes das cinco famílias que ajudaram na separação, inclusive a do traidor. A maldição os proibia de sair ao sol, transformando-os em criaturas noturnas. Mas por algum motivo, essa maldição só se manifestava após o decorrer de 780 luas, aproximadamente. O que nos dá 15 anos.

Durante séculos os méridoys, é assim que ficaram conhecidos os descendentes dos 5 lordes, foram perseguidos por bruxaria. Eles tiveram de fugir da Inglaterra após o decreto de 1542, proclamado por Henrique VII, que castigava com a morte qualquer ato de bruxaria. A Inquisição também estava queimando qualquer um acusado de cometer atos de bruxaria, o que obrigou os méridoys a se espalharem pelo mundo. Todas aquelas pessoas que você viu na cúpula da Igreja sofrem do mesmo problema que você e Rebecca. Os descendentes da sua família e das outras sofrem até hoje por causa da ganância de seus antepassados.

JP acalme-se. Eu não me enganei quando falei SUA família. Eu devia ter lhe contado antes, mas a verdade é que eu não sou seu pai biológico. Ele e sua mãe morreram tentando achar uma maneira de reverter à maldição. Você, meu garoto, é descendente do Lorde Paddock, a cabeça por trás de toda a trama. Filho, você é a única esperança que temos de quebrar a maldição, por isso que Demitrios falou que você era importante. Ele sabe que é única chance de voltarem ao normal. Você me entende?!

Vamos, nós precisamos ir. Em sua nova escola você entenderá mais sobre isso. Eles irão explicar tudo a você.

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Espera aí um minuto. Quer dizer que toda essa confusão que tá acontecendo comigo agora é tudo por causa de poder, dinheiro e terras? Eu não posso acreditar! A que ponto a sociedade daquela época chegou? Será que ninguém pensou como seria o futuro dos descendentes? Que absurdo! Eles deveriam ter contado também as consequências das suas atitudes. Se tudo desse errado como ficaria?! Sempre deve haver um plano B, é o que eu sempre digo.

Essa confusão esta me deixando maluco. Meu pai não é meu pai. Eu sou um méridoy, descendente de um tal de Lorde Pato, ou algo assim. Eu não sei mais o que eu sou. Será que meu nome é Clark Kent e eu não venho de um planeta distante para a Terra após a destruição completa do meu planeta natal? E se eu for um francês? Tá, acho melhor eu parar de pensar nessas coisas. Acho melhor eu relaxar e apreciar a viagem. Paris... Ah, Paris... Odeio essa cidade. Meu único prazer nessa cidade é à noite. Paris durante a noite é belíssima! O glamour, a música, a paixão que exala de todos os lugares daqui me deixa enjoado... Eu só gosto da iluminação e da forma que tudo é tão clássico. Não tem problema, já que eu estou aqui, vou tentar parar de só ver o lado negativo desse lugar e aproveitar a noite. À noite... É assim que eu vou ter de aprender a viver. Esse vai ser meu novo lar. Eu nunca fui muito de sol, mas sempre gostei de andar por Londres em manhãs ensolaradas. Agora eu nunca mais poderei fazer isso sem ver homens olhando para minha bunda. Isso é nojento.

- Filho, - meu pai me chama – desculpa-me não ter lhe falado antes. É que eu tinha medo de você não me aceitar. Sabe? Não gostar de mim porque eu não sou seu pai biológico.

Ele está se sentindo realmente culpado, mas não é por menos, ele mentiu para mim durante toda a minha vida. Só me dói no coração ver aquele homem, que sempre me ajudou desde pequeno, se culpar tanto por algo que foi para o meu “bem”. Quando eu era pequeno, eu tinha medo do escuro e toda vez que eu dormia sozinho eu urinava na cama. Meu pai nunca me condenou por isso, pelo contrário, ele me ajudou a superar meu medo. Toda vez que o incidente do líquido amarelo na cama acontecia, meu pai me ajudava a limpar os lençóis e me contava histórias sobre grandes homens que viveram na Europa Medieval. Eu sei, parece estranho imaginar você dormir ouvindo aulas de história, mas era muito bom e me fez perceber que é no escuro que tudo acontece, sem a noite os guerreiros nunca iriam se recuperar das batalhas e não poderiam lutar no dia seguinte. Mas meus problemas de criança interessam muito menos que meus problemas atuais.

- Tudo bem, pai. Não tem problema, se fosse o contrário eu faria a mesma coisa. Não fique assim – sou um filho exemplar, por isso eu consolo ele.

O carro para. Meu pai desce e eu o acompanho. Estamos em frente a um colégio. Estranho. Esse lugar me parece familiar. Devo estar ficando louco, é a falta de Rebecca, só pode.

- Filho. – meu pai me tira de um mistura de transe com choque. – Aqui é o colégio St. Peter. Eles são muito rigorosos, só aceitam sob indicação. – e deu uma risadinha.

Nesse momento apareceu na frente do colégio o que poderia ser a virgem dos cabelos esvoaçantes dos meus sonhos. Uma ruiva, com grandes e belos olhos azuis, uma pele branca e um corpo que parecia ter sido esculpido na mais branca pedra de mármore. Ela poderia ser a mãe dos meus filhos. Sempre tive uma queda por ruivas.

Acho que vou gostar daqui.

- A partir daqui eu não posso prosseguir. Vou deixá-lo aos cuidados Sra. Amelie Gutenhein (N/A: lê-se Gutenráin) – ele me mostra a virgem dos cabelos esvoaçantes parada na minha frente.

Espera só um minuto. SENHORA Gutenhein? SENHORA?! O meu plano de me casar com ela foi por água a baixo. Ela deve ser casada com um alemão ou um russo, para ter um sobrenome desses.

- Acompanhe-me, Monsieur Jean.

- Pode me chamar de Patrick. – eu dou um sorriso bobo para ela.

- Aparentemente daqui a duas horas deve começar o ritual, você deve estar pronto a tempo. Já escolheu seus protetores? – ela ignora minha tentativa de ser simpático e pergunta secamente.

- Ahn?! Que ritual? Como assim? – agora eu estou completamente confuso.

- Você não sabe de nada? – ela sussurra algo em francês que eu entendo como “Aquele idiota do Pipe, sempre deixa tudo comigo!”, depois ela me sorri e continua – Vamos, vou mostrar-lhe seus aposentos.

Novidade: ninguém me diz nada. Por que será que desde que eu entrei naquele avião minha vida virou de ponta a cabeça? Será que ninguém se importa em me explicar o mínimo o possível?

- Tudo será explicado na hora certa. – ela fala.

Eu a olho com incredulidade. Será que ela pode ler minha mente? Mas se isso for possível ela deve ter visto meus sonhos de casamento e procriação com ela.

- Você pode ler mentes? – eu pergunto, mas acho que ela já sabia que eu ia perguntar.

- Na verdade não, sua cara de confusão e indignação é que lhe dedura, eu sei ler faces. Não é muito difícil, depois eu lhe explico como fazer.

- Ah! – digo aliviado.

O caminho pelo qual nós estamos percorrendo é bastante comprido, tinha muita gente nos corredores, mas logo que viram Amelie foram entrando em seus dormitórios. Por um momento, eu senti medo dela.

Não sei por que tenho de estudar em um colégio francês. Tudo aqui me parece tão normal. Qual diferença faria estudar numa escola normal? Era só eu evitar o sol ou me inscrever como menina. Fácil. Os rostos dessas pessoas. Todos parecem sofrer do mesmo pesar que eu. Todos parecem ter algum ressentimento com alguém que nunca conheceram. E desde quando eu sou bom em ler rostos? Acho melhor esquecer tudo isso.

- Eles têm o mesmo problema com o sol que você, por isso estão aqui. Em uma escola normal, aulas são muito arriscadas. – Uma aula que obrigue você a ir ao sol denunciará todo um segredo de séculos. – ela me disse sem desviar os olhos do caminho. Essa coisa de leitura de olhar ou sei lá o que for é bem interessante. Acho que valerá a pena ter umas aulas com ela.

Eu reparo que estamos indo para o quarto mais afastado do corredor. Ela bate na porta e logo depois entra, sem esperar resposta. Lá dentro já estavam todas as minhas coisas, e mais algumas coisas. Acho que são de outra pessoa.

- Pronto, - ela falou – é aqui que você vai ficar. Logo seu companheiro de quarto chegará, aguarde que eu venho pegar vocês para a iniciação. Agora eu tenho de ter uma conversinha com seu pai. – ela sai resmungando.

Eu me deito na cama. Esse lugar deve ser interessante, acordar de noite e dormir de dia. Nós viveremos como vampiros. Mas eu ainda estou preocupado. Não tive notícias de Rebecca desde de manhã. Em uma hora é meia noite. Em uma hora é meu aniversário. Em uma hora começará o ritual. Por que todas essas coisas acontecem sempre à meia noite? Por que não pode ser no final da tarde, quando ainda tem luz, mesmo sendo mínima? A maçaneta da porta se meche. Não abre. Daqui a pouco um chute faz com que a porta se abra. Eu tomei um susto, quase que repito meus incidentes do líquido amarelo.

- E aí? – diz um garoto não muito alto que entra no meu quarto.

Provavelmente são dele as coisas na cama ao lado.

- Oi. – digo em choque com a “delicadeza” dele.

- Enzo Cesare, felice. – se apresenta o garoto esticando sua mão para mim.

Pelo que entendi, ele é italiano. Tinha de ser. Moreno, de olhos escuros, rosto simpático e, aparentemente, pavio curto.

- Jean Patrick Lasteff. – eu aperto a mão dele. – Italiano?

- ! E você deve ser Inglês? – ele me olha curioso.

- Aham!

- Bom, é muito bom conhecê-lo Jean Patrick. Que nome grande “JEAN PATRICK.”. Tem um jeito menor de falar não?!

- Pode me chamar de JP. – explico

- Tudo bem JP, mas precisamos nos apressar. Em menos de uma hora dois sortudos fazem aniversário e a iniciação, o melhor evento desse lugar, vai começar.

- Bem, daqui à uma hora é o meu aniversário e de uma amiga, Rebecca.

- Ótimo! Mais um motivo para você estar muito bem vestido. – Ele procurava algumas roupas na mala – Na minha iniciação, eu tentei ir nu, mas Amelie me pegou no portão de entrada. Devia ter visto a cara dela, acho que só sobrevivi porque ela não gosta de matar, prefere a tortura.

- Ah, isso é consolador. – sarcasmo, o meu forte. – Faz quanto tempo que você esta aqui?

- Dois anos. Vim pra cá quando tinha 15 anos, assim como você. É sempre assim – ele sorri – é quando a maldição se manifesta. E aí, qual a sua família?

- Ahn?

- De qual dos cinco você descende? Eu sou um descendente de Bristow. E você?

- Ah. Bem, pelo que entendi, eu sou um descendente de Paddock.

- MARAVILHA! Então a festa hoje vai ser de arrasar. Sempre que entra um descendente de Paddock, isso acontece! Não que temos muitos descendentes de Paddock aqui. Os dois últimos que entraram morreram. – ele ri - SE APRESSE JP!

Que jeito ótimo de recepcionar.

- Tá tá. – digo e começo a procurar as roupas que vou usar.

Eu gostei dele, mesmo sendo meio estranho, realmente, gostei. Acho que nos daremos bem.

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Eu só posso estar ficando louca. Não tem outra explicação. Quer dizer que eu sou adotada? E que eu viro uma velha por causa da ganância de um bando de lordes velhos e loucos? EU MATO ALGUÉM HOJE! É muita informação pra mim, eu não consigo absorver tudo de uma vez. Meu pai, quero dizer, meu pai ADOTIVO disse que o tal do Griffith, meu ancestral sacana, o lorde velho, deixou uma “carta” que explica como quebrar a maldição e devo encontrá-la. A melhor parte é que a tal da carta na verdade é um livro provavelmente encantado que tem vários poemas que com o tempo vão explicar como quebrar a maldição. Temos de achar os ingredientes, ou sei lá o que é preciso, e isso, pode estar em qualquer parte do mundo. AAAAAAAAAAA. Eu acho que vou surtar. Cadê Jean Patrick para me consolar em seus grandes e musculosos braços... Calma, controle-se Rebecca, você pode superar isso sozinha. O mais curioso é que Jenna desapareceu TOTALMENTE. Tô deprimida por um lado. Ela já era parte de mim, sinto um vazio quando olho para baixo e vejo minha pele de bebê. EU QUERO JENNA DE VOOOOLTA (em um tamanho pequeno).

- Filha, - meu “pai” me chama – nós já estamos quase chegando a seu novo colégio.

Colégio. Que ideia genial! As aulas de educação física serão ótimas! Eu, o sol, e shortinhos colados, tudo isso correndo ao redor do pátio vai ficar sexy. Lembrando que eu + sol = velha com pregas.

- Pai. Como eu vou estudar se qualquer mínimo raio de sol me envelhece 60 anos? – será que ele não pensou nisso?

- Eu sei disso filha. Por isso você está indo para um colégio especial, o St. Peter, o colégio que estamos indo, só aceita descendentes dos cinco lordes.

- Ah.

- Você se lembrou de trazer o vestido que eu lhe pedi?

- Aham! Mas pra que eu vou precisar de um vestido de prêt-à-porter em um colégio noturno?

- Para o ritual de iniciação.

Eu o olho como se ele tivesse falado mandarim.

- É um tipo de cerimônia para comemorar seu aniversário e a sua passagem como méridoy.

- Ah! – tudo parece mais claro. – Mas, e se eu não quiser comparecer?

- Claro que você vai comparecer, - ele me olha sério – nem que tenham de lhe arrastar até o salão.

Ok, isso foi estranho.

- Chegamos. – ele sorri abre a porta para mim.

Eu desço. Logo depois meu pai entra no carro e acelera. Eu nunca o vi agindo assim.

- Seu pai e eu não nos entendemos. – diz um homem alto e saradão parado na minha frente.

Acho que morri. É um fato, eu devo ter morrido naquele avião, porque desde então eu só venho conhecendo anjos e deuses.

- Meu nome é Fritzi Gutenhein. E você deve ser Rebecca Griffith, certo?

- Ah, - sinto o pesar de não ouvir o Laurevan. – Sim... Mas pode me chamar de Becca.

- Ótimo. Você deve se apressar, em menos de duas horas começará o ritual. Trouxe roupa adequada?

- Sim.

- Maravilha. Em março houve uma garota que entrou vestida de jeans e camiseta regata por não ter trazido um vestido. Vê se pode!? Uma menina sem vestido na mala.

Fico calada. Particularmente não gosto de vestidos. Não é pelo vestido em si, eu acho minhas pernas muito finas, então tento escondê-las atrás de jeans super frouxos.

- Venha comigo, lhe mostrarei seu quarto.

Eu o acompanho por todo um corredor cheio de garotas. Quando Fritzi passa comigo, elas cochicham, entram em seus quartos, soltam risinhos, e falam rapidamente com ele. Eu vou ser um tipo de alienígena no meio delas. Mas já estou acostumada a ser o oitavo passageiro. Eu vim em paz, é tudo que tenho a declarar. No meio do corredor ele para.

- Chegamos, quarto 360. Suas coisas já estão aí, espero que goste de tudo, e esteja pronta as 11, viremos te buscar.

Quando eu entro no quarto tem uma garota lá dentro: Longos cabelos loiros, olhos claros, corpo de modelo.

- Oi! Meu nome é Michelle Satzvan. – disse a garota sentando-se na cama.

- Rebecca Laurevan. É um prazer.

- O prazer é todo meu, Rebecca. – ela se senta na cama. – Com que roupa você vai hoje? Vai ser uma festança! Você tem de ficar bem bonita.

- Ainda não sei, foi meu pai que escolheu para mim...

- Ihhhh... Seu pai? Querida, eu se fosse você olhava logo o vestido, ainda dá tempo de arranjar outro.

Eu decido abrir as malas. Vou guardando as coisas no armário à medida que vou tirando-as.

- Então, quando será a sua iniciação? Você é nova não?! – ela puxa assunto

- Ah, sou... A minha iniciação será daqui a pouco pra falar a verdade.

- Que ótimo! Mais um motivo para você ficar linda. Já achou o vestido? – aceno negativamente com a cabeça - Então trate de se apressar.

Depois de tirar algumas roupas da mala eu vejo o vestido. Ele era absurdamente lindo.

- Seu pai sabe, realmente, escolher roupa para você. – disse Michele deslumbrada quando viu o vestido.

Ele era um tomara-que-caia longo, azul marinho, com um grande laço na frente, meio franzido no peito. Tinha ficado maravilhoso em mim. Nunca havia me sentido tão elegante, nem no dia da nomeação do meu pai como primeiro-ministro.

-Vá se vestir! – Michelle parece ansiosa para ver como eu ficarei – Vai. Rápido! Eu ainda preciso lhe maquiar. Afinal é seu aniversário.

Uau, o vestido é perfeito. Saio para Michelle vê-lo.

- Inacreditável – diz Michelle – É o vestido mais perfeito que eu já vi desde o meu da iniciação.

- Obrigada. – falo, desconcertada.

- Vamos, apresse-se! Você tem de ficar pronta e estar linda em uma hora, afinal, em menos de 60 minutos você terá de 15 anos.

- Michelle, eu gostaria de saber. Como você fica quando vai para o sol? -

Ela me sorri e entra no banheiro. Fico sem resposta. Estranho.

- Rebecca! – Michelle grita do banheiro – Me chame de Mikki.

- Tudo bem. Então me chame de Becca.

- Ok, já está pronta, Becca?

- Não.

- Então acelere! Daqui a pouco Fritzi virá aqui para pegar você para a iniciação.

- Tá.

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Capítulo reescrito e postado em 16 de julho de 2010

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