Eu me sento e espero pelo entardecer. São momentos como esse em que vemos como é bela a vida. Em que outra hora veríamos o céu laranja? Durante o amanhecer, ele está vermelho, é quando o céu mostra as marcas da noite. Ao entardecer ele se arrepende pelos erros cometidos no dia. Agora está escurecendo, porém ainda é claro, posso ver os últimos raios de sol no horizonte. A noite está chegando, e o dia vai partindo. Porém, ao entardecer, eles param para conversar. Dois opostos convivendo em perfeita união. O entardecer é a hora mágica, é a hora em que renovamos a nossa esperança: por mais escuro que esteja, o sol há de nascer e iluminar meus caminhos, por isso, posso continuar.

Isabella Quaranta

domingo, julho 10, 2011

Mas eu tenho medo de crescer

Crescer, amadurecer, tornar-se “adulto”, chame como quiser, mas esta é uma das decisões mais complicadas da vida. Imaginar que se chegou a um ponto em que o passado se tornou, literalmente, passado, e que tudo que está por vir é novo e nunca testado é apavorante. O que passou sempre estará lá, te lembrando do seu melhor e do pior, mas ele parece pequeno diante do novo mundo que se abre.

Sempre gostei mais do Ano Novo que do Natal. Na verdade, Ano Novo é minha festividade predileta, e não só por culpa do champagne e dos fogos, e sim pela ideia de poder recomeçar. Na real? Eu morro de medo dessa ideia. O momento da virada é sempre o mais angustiante, é aquele momento que não há mais volta, que tudo mudou de vez. De agora em diante, ano novo, vida nova. Imaginar sua vida toda de novo não é algo fácil, ainda mais quando vem acompanhada de mudanças decisivas. Seja na cor do cabelo, no colégio, ou talvez, uma mudança de Estado. A dúvida de como será o dia seguinte, o medo de errar e não poder corrigir, a mínima ideia de sair da zona de conforto pessoal me tira o chão.

Concluir o Ensino Médio. Caramba, como podem 3 anos de colégio serem tão decisivos na minha vida? Como tem gente que olha e diz “estou calmo”? Ter de abandonar velhos hábitos, assumir novas responsabilidades, conhecer novas pessoas. E se depois eu descobrir que não era o que eu queria? E se eu me decepcionar com a escolha e decidir largar tudo? Pela primeira vez tive uma certeza: vou arriscar.

Só há um jeito de descobrir se eu errei, se acertei, se valeu a pena: pulando de cabeça. Mas pular fundo, sem medo de se afogar, longe da borda e sem bote salva vida. Pular como nunca fiz antes. Talvez, se tudo der certo, eu seja meu próprio bote.

Um comentário:

Anajá Schmitz disse...

Olá, que lindos textos, como você consegue escrever tão bem, eu não consigo escrever nada.
Parabéns.

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