Eu me sento e espero pelo entardecer. São momentos como esse em que vemos como é bela a vida. Em que outra hora veríamos o céu laranja? Durante o amanhecer, ele está vermelho, é quando o céu mostra as marcas da noite. Ao entardecer ele se arrepende pelos erros cometidos no dia. Agora está escurecendo, porém ainda é claro, posso ver os últimos raios de sol no horizonte. A noite está chegando, e o dia vai partindo. Porém, ao entardecer, eles param para conversar. Dois opostos convivendo em perfeita união. O entardecer é a hora mágica, é a hora em que renovamos a nossa esperança: por mais escuro que esteja, o sol há de nascer e iluminar meus caminhos, por isso, posso continuar.

Isabella Quaranta

sexta-feira, abril 02, 2010

Como um só



Olá, meu nome é Adriana e a Bella me convidou para postar aqui no blog com ela e enfim, cá estou eu, espero que gostem da minha história, eu particularmente gosto bastante dessa:


"A menina corria pelo jardim molhada da cabeça aos pés, a capa de chuva que tinha comprado era uma fraude. Mas era o primeiro treino de Erik e ela prometeu que estaria lá assistindo. Com a visão turva pela chuva esbarrou em alguém e só se deu conta do ocorrido quando já estava no chão. O rapaz alto e magro que tinha derrubado a menina, ao ouvir uma exclamação feminina já se pôs a ajudá-la de prontidão mostrando-se um cavalheiro.
A pôs de pé e quando pode reconhecê-la soltou um grunhido e disse com a voz cheia de arrogância :
-Ah, é você.
Quando o viu deu um jeito de se soltar e continuou seu caminho ignorando qualquer interrupção do menino.
-O que faz aqui fora com uma chuva dessa? - ele perguntou acompanhando-a - Não é nada pessoal, só acho que ninguém merece isso.
-Não que seja da sua conta - ela respondeu - Mas vou ver o treino de Erik.
-O treino de futebol? Foi cancelado devido a chuva. - ele disse como se fosse algo óbvio, e na verdade era.
Ela suspirou e deu meia volta. Antes de poder dar um passo ele adiantou-se e a pegou no colo. Quando ela fez simples menção de reclamar ele disse:
-Não quero me atrasar mais por sua causa. Estou com frio e quero chegar quanto antes ao prédio.
Ela se conformou e ficou quieta enquanto ele a carregava até o prédio cinzento a frente, mesmo sendo magrelo como ele só, dava para ver que ele era bem mais forte que ela, pois a carregava com uma facilidade incrível.
Já dentro do prédio ele a largou e seguiu seu caminho, ela observou-o se afastar e resolveu ir até seu dormitório.

No dia seguinte logo pela manhã, a menina recebeu um bilhete que dizia: "Senhorita Elena McWright, por favor se dirija a minha sala o mais rápido possível. Diretor".
Ela se dirigiu a sala do diretor e encontrou Thomas Griffin lá. O menino que tinha carregado-a na noite anterior.
Ele a fitou com seus olhos azuis e ela se perdeu na imensidão dos mesmos até o diretor os interromper:
-Vocês estão aqui apenas por um motivo, farão a ronda das 22hrs juntos. Como são monitores está na hora de começarem a cumprir seu dever.
-Mas senhor... - Thomas começou
-Não quero reclamações Griffin, eu decidi isso e assim será. Comecem hoje.

Naquela noite ela o encontrou no corredor e resolveu assustá-lo. Se aproximou dele e soltou o tão famoso "buu" que apenas o fez revirar os olhos e dizer:
-Tem como você ser menos criança?
Aquilo doeu.
Ficaram alguns minutos em silêncio até ouvirem um barulho dentro de uma sala próxima ao local em que eles se encontravam. Thomas a puxou para dentro da sala e disse:
- Quem está aí? Somos monitores, saia agora!
O diretor saiu das sombras um tanto irritado:
-O trabalho de vocês é vigiar os corredores, não as salas de aula.
-Desculpe senhor, só estávamos checando - Thomas disse tentando parecer arrependido
-Que não aconteça de novo - ele disse, e saiu.
-Não sei porque ele ficou tão irritado, só estávamos checando, não foi nada de mais... - Thomas começou a falar e nem reparou que Elena tinha se sentado perto a janela fria e estava chorando. Lágrimas, estas que ele havia causado.

-O que foi? - perguntou atordoado.

-Não entendo o que passa em sua mente, muito menos em seu coração. - ela disse com lágrimas descendo pelas bochechas avermelhadas.
-E desde quando isso é um problema? - ele perguntou.
-O fato de não saber o que você sente por mim é sim, um problema. - respondeu ela.
-Talvez isso responda sua pergunta - ele disse e a puxou para si. Selaram seus lábios e assim ficaram por um bom tempo. A janela abriu-se e a chuva foi levada pelo vento em direção a eles, mas eles nem se deram conta disso, o calor de seus corações os deixavam aquecidos enquanto eles eram como um só."

2 comentários:

Anônimo disse...

que lindo, adorei seu conto *___*

Manuela disse...

Queee lindo! Muito fofo *-*

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